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Cotidiano

Um mês após emergência em saúde e 110 mortes, prefeitura de Campo Grande não abriu leitos hospitalares

União também não reconheceu a situação de emergência em saúde de Campo Grande
Priscilla Peres -
UPA lotada em Campo Grande (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

A prefeitura de terminou o mês de abril com um decreto de emergência em saúde devido ao aumento das síndromes respiratórias em crianças e adultos. Na época, prometeu a abertura de 10 novos leitos na Santa Casa, mas, passado um mês, nenhum leito novo foi aberto.

Além disso, o Governo Federal também não reconheceu a situação de emergência em saúde descrita pela prefeitura de Campo Grande. O reconhecimento da União é essencial para a liberação de recursos emergenciais para ações específicas, como compras e contratações de pessoal.

Médico e ex-secretário-adjunto de Campo Grande, o vereador Victor Rocha explica que são necessários embasamentos técnicos que justifiquem o decreto de emergência e sem o reconhecimento da União, o município não recebe recursos para ações.

“No outono é comum esse aumento sazonal, mas esse decreto não reconhecido mostra despreparo do município. Além disso, em um mês a gente não viu nenhuma ação efetiva diante da alta de casos”, afirma.

Na última quarta-feira (29), a Câmara de Campo Grande realizou uma audiência pública para prestação de contas do primeiro quadrimestre da Sesau (Secretaria de Saúde de Campo Grande).

Entre os questionamentos na prestação de contas, suplementações que somaram R$ 158 milhões ao Fundo Municipal de Saúde foram feitas ao município por vereadores.

As suplementações podem, inclusive, ser investigadas pelo TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado).

Santa Casa aguarda aditivo em contrato

Há mais de um mês, a prefeitura de Campo Grande anunciou que abriria novos leitos pediátricos na Santa Casa, porém, as negociações não avançaram. A Sesau afirma que ainda estão em tratativas, enquanto o hospital diz que aguarda assinatura de aditivo ao contrato.

Ao Jornal Midiamax, a coordenadora médica da Linha da Saúde da Criança da Santa Casa de Campo Grande, Dra. Paola Stella, explica que o fator crucial que ainda está pendente é a assinatura do termo aditivo contratual por parte da Secretaria de Saúde

“Em relação aos leitos a serem abertos para disponibilidade aos pacientes pediátricos, a Santa Casa dispõe de todo o pessoal assistencial, espaço físico e equipamentos, à exceção dos berços, o que já foi comunicado para a SESAU, solicitando parceria neste equipamento, como foi no ano passado”, afirma.

A Santa Casa ainda frisa que os leitos disponibilizados serão de enfermaria, baixa e média complexidade, e não de cuidados intensivos (CTI).

Números menores do que em 2023

Dados da Sesau (Secretaria de Saúde de Campo Grande) mostram que são 1.554 casos de síndromes respiratórias agudas graves registrados este ano, sendo a maioria em crianças de zero a 4 anos. Em 2024, foram registradas 110 mortes por doenças respiratórias em Campo Grande.

Apesar de altos, os números da Sesau mostram que o quadro é menos grave do que o visto em 2023. Até a semana 21, foram 159 mortes e 1.650 casos registrados no ano passado, números maiores do que os de 2024.

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