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Cotidiano

VÍDEO: Ataque a tiros contra indígenas e perseguição são registrados em Douradina

Situação foi divulgada pelo Coletivo Terra Vermelha
Aline Machado, Fábio Oruê -
Cimi denuncia intimidação em retomada (Foto: reprodução)

Vídeo divulgado, nesta segunda-feira (15), no perfil Coletivo Terra Vermelha, no Instagram, mostra um grupo em caminhonetes perseguindo indígenas. No fim da gravação também é possível ouvir barulhos que podem ser disparos de arma de fogo.

A situação aconteceu em , na área da Terra Indígena Panambi – Lagoa Rica, oficialmente reconhecida, identificada e delimitada com 12,1 mil hectares desde 2011. O processo de demarcação está paralisado por conta de medidas que tentam instituir a tese do Marco Temporal.

Conforme o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), um grupo de indígenas foi atacado após reivindicar a terra no domingo (14). Segundo as informações, ainda há grande aglomeração de caminhonetes próximas aos povos originários, que estão preocupados com um novo ataque.

“Os Guaranis reclamam a lentidão do processo demarcatório, a escassez de terra para sobrevivência da comunidade, o avanço do agronegócio que desmata e contamina os rios em um processo silencioso de genocídio”, informa o Conselho.

No perfil Atyguassu, o coordenador Executivo da Apib, Norivaldo Mendes, reforça que os ataques começaram ontem e ocorrem após retomada da área. Ainda ontem, no Tekoha Guayrakamby”i, um indígena acabou sendo atingido por um disparo de arma de fogo.

“Há anos, as retomadas do povo Guarani Kaiwoa no Mato Grosso do Sul estão sob ataques ininterruptos por parte de fazendeiros. Muitas lideranças já perderam suas vidas na luta para retomar suas terras tradicionais e de direito pleno”, diz a publicação.


Diante dos ocorridos em Douradina, os Guaranis e Kaiowás de Caarapó também retomaram uma área. Na região, uma indígena está ferida na perna e sem atendimento. O grupo de povos originários confia em levá-la para o atendimento apenas após a chegada da Polícia Federal.

Este é o mesmo local que foi palco do conflito conhecido como ‘Massacre de Caarapó’, após o indígena Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza ser morto a tiros, em 2016.

Polícia investiga o caso

A Polícia Civil de Douradina abriu uma investigação sobre o ataque ocorrido, que está sendo tratado como tentativa de esbulho possessório. Segundo o delegado Gustavo Mucci, a Polícia Militar esteve no local e ninguém acabou detido na ocasião.

Indígenas Guarani e Kaiowá retomavam parte do território em Douradina na madrugada de domingo (14) quando houve um ataque que deixou um indígena ferido. Os indígenas da organização Aty Guasu contam que estavam em uma estrada em frente à aldeia.

“Não provocamos eles. Estávamos fazendo nosso protesto e o fazendeiro passou por nós e atirou”, publicou o líder Guyra Kambiy Ezequiel.

Nota Aty Guassu

De acordo com nota da Aty Guasu, em represália à retomada, durante a tarde de domingo, os indígenas foram atacados por fazendeiros da região, que invadiram a comunidade em bando. Durante o ataque denunciado, no tekoha Guayrakamby”i, o indígena foi alvo de tiros, ficando ferido na perna.

Em 2015, segundo os indígenas, o mesmo grupo de fazendeiros atacaram a comunidade de Guyrakamby”i. Na ocasião o MPF (Ministério Público Federal) interveio no conflito. “Nossa área do Lagoa Rica está delimitada, porém nunca foi entregue a nós. Retomamos para garantir a vida do nosso povo, mas agora estamos temendo a morte”, finaliza.

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