Audiência pública realizada nesta quarta-feira (17), para discutir a segurança na região dos bares no Centro de Campo Grande, sugeriu uma série de soluções para o local, dentre elas, o fechamento da rua, melhorias na estrutura para receber os consumidores e regulamentação dos ambulantes.
Durante a audiência, além das questões de segurança e fiscalização na região de bares do Centro da Capital, foi debatida a necessidade de banheiros químicos para os frequentadores e a proposta de regulamentar o trabalho de vendedores ambulantes. A sugestão seria realizar o credenciamento, assim como é feito durante o Carnaval.
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Também foi pautada a discussão sobre a Lei do Silêncio e outras leis que abrangem o funcionamento dos bares, como a Lei do Uso e da Ocupação do Solo, que deve passar por uma revisão, e o Plano Diretor, que é um dos entraves para dar vida ao Centro.
A audiência foi presidida pelo vereador Jean Ferreira (PT). Para fomentar o debate, foi sustentado o argumento de que “o lazer no Centro também é uma política de arrecadação” e de que há potencial da região em “contribuir com o turismo na cidade”.
Também compuseram a mesa o vereador Ronilço Guerreiro (Podemos), como secretário, e os vereadores Maicon Nogueira (PP) e Luiza Ribeiro (PT). A mesa contou ainda com representantes do comércio, da segurança pública, da juventude, dos vendedores ambulantes e dos moradores.
Movimento de bares na região central
A Rua 14 de Julho se transformou em um dos principais redutos boêmios de Campo Grande, com a abertura de uma sequência de bares e espaços gastronômicos, que movimentam a cidade aos fins de semana. O fenômeno do terceiro turno, iniciado em 2024, começa a se espalhar para as ruas vizinhas, provocando debates sobre planejamento, segurança, impacto urbano e potencial cultural.
A ocupação, que começou com dois bares, hoje vê sua atividade multiplicar com, pelo menos, 12 estabelecimentos em funcionamento ao longo das quadras entre a Rua Marechal Rondon e a Avenida Mato Grosso. O fenômeno também não se restringe mais à 14 de Julho e passou a tomar conta das ruas vizinhas.
Além disso, a audiência englobou os bares próximos à Feira Central e à Esplanada Ferroviária.
Audiência ocorre logo após morte
A audiência pública para debater a segurança no local ocorre logo após a morte do jovem Ismael Eliel Rodrigues de Souza, de 22 anos, vítima de facadas na zona boêmia da Rua 14 de Julho. O crime ocorreu na esquina da Rua Maracaju.
A namorada de Eliel estava no local e informou que não viu a confusão, mas apontou o suspeito de ter cometido o crime. O suposto autor e a vítima teriam desentendimentos antigos envolvendo drogas. O caso foi registrado na Depac-Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário – Centro Especializado de Polícia Integrada) e segue sendo investigado.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)