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Cotidiano

Apesar de modesto, comércio impulsiona sonhos e fortalece senso comunitário no Jardim Aeroporto

Comerciantes relatam sonhos conquistados por meio do comércio no Jardim Aeroporto
Jennifer Ribeiro -

Se nos anos 1980 a região do Aeroporto, em , era considerada inóspita por falta de infraestrutura, hoje, o bairro é um alento para quem busca viver com tranquilidade mesmo morando em uma Capital.

O bairro não é um dos mais desenvolvidos de Campo Grande: faltam espaços de lazer, asfalto de qualidade, investimento em segurança, lotéricas e bancos. No entanto, quem vive ali não troca o clima interiorano por nada!.

Todo mundo na região se conhece pelo nome, já que a maioria dos moradores vive ali há anos. Segundo o Censo do (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), publicado em 2010, o bairro Popular contava com 18.816 habitantes. De lá para cá, a região cresceu apenas 3% no número populacional.

Outra característica importante para os moradores é não precisar ir ao centro da cidade, considerando que o bairro é bem “equipado” no quesito comércio: tem loja de roupa, mercado, loja de construção, sorveterias, loja pet, entre outros. E para quem empreende, essa grande comunidade é encantadora: por se conhecerem, todos se apoiam.

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Sonhos conquistados por meio do comércio

Esta é a realidade da empreendedora Aparecida Regina – Cida, para os mais chegados -, que há nove anos abriu uma loja de roupas, acessórios, sapatos e bolsas na Rua Wanderley Pavão.

Por quase vinte anos, Cida residiu no bairro Zé Pereira e sempre teve uma excelente relação com outros moradores. Atualmente ela vive no Aero Rancho, mas o apoio de ex-colegas de escola e trabalho tornaram a decisão de abrir uma loja no Jardim Aeroporto muito fácil. Por isso, com sorriso no rosto, Cida percorre cerca de 13 km diariamente.

“Moro no Aero Rancho e mesmo assim prefiro estar aqui, na região do Jardim Aeroporto. A loja é minha principal renda, tenho bastante cliente aqui. Gosto muito do bairro e dos vizinhos também”, pontua.

Para ela, o bairro oferece espaço para todos que desejam abrir o próprio negócio, independentemente do ramo, já que os moradores “abraçam” cada comércio aberto. Foi graças a este apoio que este ano, Cida conseguiu conquistar sua primeira casa própria.

“Bem no começo, quando abri minha loja, teve muito casos de por aqui, mas agora não, agora está tranquilo. Não pretendo sair daqui, pretendo ficar aqui por muito tempo. E agradeço ao pessoal daqui porque através do meu trabalho, conquistei minha tão sonhada casa própria”, comemora.

Cida conquistou o sonho da casa própria por meio do comércio (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Novos horizontes

O bairro também acolheu a empreendedora Heloíse da Rocha Dias, que há nove anos inaugurou uma loja de ração e acessórios pets. À reportagem ela conta que deixou para trás um concurso público e decidiu apostar em seu sonho de atuar no ramo de petshop. O empreendimento foi bem recebido pelos moradores e hoje é referência na região.

“Eu era concursada, mas não gostava muito do que estava fazendo. Meu pai tinha este prédio aqui e eu perguntei se poderia abrir meu negócio. Ele concordou e aqui estamos. Gosto muito dessa área, tem muita procura. Tem muitos animais no bairro, quase todo mundo tem um animalzinho de estimação em casa – cachorro, gato – então o pessoal do bairro sempre procura nossos serviços”, explica.

Recentemente, o marido de Heloíse decidiu agregar novos serviços ao estabelecimento. Agora, além dos produtos pets, os clientes acessam serviços de assistência técnica e acessórios para celulares. A ideia também foi bem recebida pelos moradores.

Heloíse deixou um concurso para se realizar profissionalmente por meio de comércio (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Valorização do comércio local

Para a aposentada Elia Nascimento de Souza, tantas opções de comércio facilita a rotina dos moradores que não precisam se deslocar até o centro da cidade. Basta sair pelas ruas para comprar tudo o que precisa.

“Gosto de comprar aqui no bairro mesmo. Tem mercado, farmácia, tem tudo. Aqui só falta uma lotérica, porque tinha, mas fechou. Uma vez por mês a gente tem que ir pra cidade, mas só pra pagar uma conta ou outra na loja”, explica.

Elia e o esposo residem no bairro desde 2005 e viram a região se desenvolver. Após a aposentadoria, o casal passou a contribuir com a economia do bairro por meio de consertos de cadeiras.

“Fazemos mais reforma, solda, trocamos fios. Somos aposentados, então é uma renda extra. Só que também é bom pra gente, não ficamos parados, não adoecemos”, finaliza.

Casal investiu em conserto de cadeiras para garantir renda extra (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Fala Povo: Midiamax nos Bairros

A história dos bairros de Campo Grande é tema do Fala Povo: Midiamax nos Bairros. Ao longo desta semana, reportagens especiais vão apresentar aos leitores aspectos históricos, indicadores socioeconômicos, demandas populares e peculiaridades das diversas regiões de Campo Grande, culminando com programa ao vivo no sábado. Quer ver seu bairro na série? Mande uma mensagem para (67) 99207-4330, o Fala Povo, WhatsApp do Jornal Midiamax! Siga nossas redes sociais clicando AQUI.

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