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Cotidiano

Audiência deve definir futuro de 700 famílias em área de ocupação no Jardim Centro-Oeste 

Moradores ocupam terreno particular há seis meses e lutam pela regularização
Idaicy Solano, Aline Machado -
Famílias lotaram fachada de Fórum antes de audiência (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Cerca de 200 moradores das comunidades Vitória e Esperança, localizadas em uma área de ocupação no Bairro Centro-Oeste, se deslocaram até o Fórum de para acompanhar uma audiência que irá definir o destino de cerca de 700 famílias que sobrevivem no local. 

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A audiência acontece na tarde desta segunda-feira (28), e os moradores serão representados por um enviado pela . A reunião é para definir se eles poderão continuar no terreno, ou terão de sair. Os moradores se deslocaram em três ônibus até a região central da cidade. 

A líder da comunidade, Wanelle Fernandes, de 27 anos, a expectativa é de que, até o final da audiência, o grupo tenha uma resposta sobre o destino das centenas de famílias alojadas. “A expectativa é sair daqui com uma resposta. Aquela área estava completamente abandonada, e a comunidade conseguiu organizar e deixar o local limpo”, reforça a líder.  

A moradora Marcicleide Borges, de 30 anos, mora na ocupação com os quatro filhos, que têm entre 8 e 2 anos, segundo um deles diagnosticado com TEA (Transtorno do Espectro Autista). Atualmente, ela sobrevive apenas com um auxílio de mil reais do governo e não tem condições de bancar um aluguel. 

“Todo mundo que está aqui é porque precisa muito de um lar, um lugar para morar, precisamos sair daqui hoje com uma resposta, seja positiva ou não. Se não for positiva, vamos ter que ir pra rua, ninguém tem outra alternativa”, relata Marcicleide. 

Marcicleide não tem para onde ir se for despejada de área de ocupação (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Famílias ocupam local há seis meses 

Conforme apurado anteriormente pelo Midiamax, junto aos moradores, o local ocupado costumava ser um depósito irregular de lixo. À medida que as famílias foram chegando, eles mesmos tomaram a iniciativa de limpar e cuidar do local. Eles estão há seis meses morando no terreno. 

Ainda conforme divulgado pelo jornal na época, a área seria particular, e o estaria com a documentação em dia. No entanto, os ocupantes contestam, dizendo acreditar que a área pertence à prefeitura e pedem apoio das autoridades para regularizar a situação. Uma ação judicial já foi protocolada para reintegração de posse.

A reportagem tentou encontrar os possíveis donos do terreno, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria. Um contato indicado como parente dos proprietários foi acionado, mas não retornou. O espaço segue aberto para manifestação. 

A Prefeitura de Campo Grande também foi acionada, e informou que, por se tratar de uma área particular, o terreno ocupado pela comunidade Vitória está fora do marco temporal para enquadramento na Reurb (Regularização Fundiária Urbana). Até o momento, não há estudos para projetos de reassentamento das famílias.

Em relação à Comunidade Esperança, a Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários), informou que a situação está em estudo, pois também não é possível realizar a Reurb no local.

“Devido à quantidade significativa de famílias, estão sendo feitas análises técnicas para viabilizar uma alternativa que minimize os impactos. A Emha está na fase final de elaboração do projeto de desdobro e das documentações necessárias para viabilizar o reassentamento da comunidade [Esperança]”, diz a nota encaminhada à imprensa.

Cerca de 200 pessoas compareceram ao Fórum para acompanhar audiência nesta segunda-feira (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

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