O Dia das Crianças pode até ser aguardado pelo comércio, mas nada supera a euforia que a data provoca em seu público-alvo: a criançada. Para aqueles que já entendem a existência e o significado do dia, não há nada maior do que a expectativa de saber o que os aguardará quando o embrulho for rasgado.
Na família de Juliana Portilho da Silva, por exemplo, a data é bastante aguardada. Neste ano, seu netinho de 4 anos receberá três presentes: um dela, outro da mãe e um terceiro do tio. E, apesar de muito novinho, o pequeno fez questão de indicar o que gostaria de receber pela data: triciclo, carrinho de controle remoto e um boneco do Homem-Aranha, um clássico. Já para o neto de 10 anos, o presente será uma bola de futebol profissional, como solicitado pelo menino.
“Acredito que essas datas são muito importantes, porque eles sempre vão se recordar e vão dar presentes para os filhos, quando tiverem, porque aprenderam isso com a gente. É importante fazer uma economia pra comprar. A família toda tem que dar presente, porque ele é o caçula da casa, nosso xodó”, afirma. Para ela, o investimento será de R$ 150.
Na casa da professora Valéria Arruda dos Santos, a data será celebrada com um almoço entre suas filhas Sophia e Julia — de 8 e 3 anos, respectivamente —, além de suas duas sobrinhas. Ela explica que a data é muito aguardada pelas meninas, mas tenta sempre reforçar que os momentos de brincadeiras são muito mais importantes do que os brinquedos em si.
“A gente sabe que elas aguardam a data e esperam ganhar alguma coisa; elas já deram algumas dicas nada sutis”, brinca. “Mas a gente tenta não reforçar o materialismo. Nunca damos nada extravagante, presentes maiores deixamos para os aniversários, mas não deixamos passar em branco”, explica. Neste ano, o investimento em presentes será de R$ 250, mais ou menos.
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Como escolher o presente certo?

Com a expansão da tecnologia, é natural que as crianças peçam mais presentes eletrônicos, como tablets e celulares. No entanto, é importante que os pais não cedam tão facilmente aos pedidos e saibam escolher presentes adequados para idade da criança. Outro cuidado é não se endividar para suprir o pedido do filho ou da filha. Se não consegue investir no presente naquele momento, tenha um diálogo aberto com a criança e pense em uma solução que caiba no bolso.
“Quando os pais tentam compensar o que não tiveram na infância com presentes, acabam confundindo afeto com consumo. A verdadeira compensação não está em dar o que faltou materialmente, mas em oferecer o que ainda é possível emocionalmente: presença, escuta, afeto e limites. É isso que fortalece o vínculo e marca a infância de forma positiva”, explica Kryslaine Munhoz, neuropsicopedagoga.
Segundo a especialista, mais do que comprar um presente caro, da moda, ou incessantemente pedido pela criança, o importante é presentear com aquilo que seja adequado para a idade e o desenvolvimento do pequeno.
“Brinquedos que estimulam a criatividade, a coordenação e a interação são os mais indicados. Livros, blocos de montar, jogos de tabuleiro e materiais de arte oferecem experiências ricas para a infância. Antes dos 6 anos, o ideal é priorizar o brincar livre e o contato social. A partir dessa idade, os aparelhos podem ser introduzidos, mas sempre com limites, supervisão e de forma equilibrada”, orienta.
E se você não consegue investir em um presente caro no momento, uma sugestão é optar por brincadeiras com seu filho, um dia de diversão em família. Isso marcará a memória da criança, com certeza.
“Mais do que o valor do presente, importa pensar no quanto ele pode apoiar o desenvolvimento e fortalecer vínculos. Um jogo em família pode ser mais marcante que um eletrônico de última geração”, conclui Kryslaine.
Se você quer presentear, mas ainda não se decidiu, você pode conferir abaixo algumas sugestões para economizar.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)