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Cotidiano

Ao buscar tratamento para pneumonia, mulher descobre possível insuficiência renal e inicia luta por leito hospitalar

Paciente está internada em UPA, enquanto aguarda leito
Jennifer Ribeiro -
UPA
UPA Vila Almeida. (Divulgação/PMCG)

O cenário não parecia tão complexo: no dia 20 de agosto, Juliana Amaral de Almeida, de 31 anos, apresentou os primeiros sintomas gripais, iniciou o tratamento com amoxicilina e melhorou. Poucos dias depois, os sintomas retornaram mais intensos, o que a levou buscar a UPA Vila Almeida, onde constataram a pneumonia. No entanto, ao realizar os exames laboratoriais, o susto: um possível diagnóstico para insuficiência renal aguda.

“Vim tratar uma pneumonia e soube pelo exame de sangue que meu rim só estava funcionando 6%. Já me internaram e disseram que precisava ir pro hospital urgente, pois meu exame já dava critério de iniciar uma hemodiálise”, conta Juliana.

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Conforme o boletim médico para solicitação de vaga hospitalar emitida pela unidade de pronto atendimento, o exame apontou “insuficiência renal aguda sobreposta a doença renal crônica”, necessitando, assim, “avaliação de nefrologista devido ao baixo funcionamento renal”. A classificação de risco foi determinada ‘Prioridade 1’, que define o caso “como risco iminente de morte, muito urgente: risco em agravo da doença”.

Desde então, Juliana, que está internada na unidade de saúde, aguarda uma vaga em hospital de .

“Sinceramente, fiquei chocada, foi um susto bem grande, nem eu esperava esse diagnóstico. Agora estou aqui aguardando a vaga pra um hospital por causa renal. Estou tomando antibiótico também. Preciso ir pro hospital fazer exames mais detalhados pra descobrir porque os rins estão lesionados e quem sabe, reverter o quadro. Mas segundo o que me foi passado, eu precisava inicializar a hemodiálise urgente. Mas, se é urgente, por que não sai a vaga, então? Muito descaso”, lamenta.

Posicionamentos

A reportagem acionou o HRMS (Hospital Regional de ), a Santa Casa e a (Secretaria Municipal de Saúde).

Em nota, a Santa Casa de Campo Grande informou que “assim como diversas unidades hospitalares da capital, enfrenta períodos recorrentes de superlotação, o que impacta diretamente a capacidade de atendimento em determinadas especialidade” e que por isso, “todos os casos são criteriosamente avaliados pelo Núcleo Interno de Regulação, composto por médicos e enfermeiros capacitados para analisar o quadro clínico de cada paciente com responsabilidade e precisão”.

O hospital pontuou ainda que é reconhecido “como referência nas áreas de neurocirurgia, cardiologia e ortopedia” e por isso, “a Santa Casa não possui exclusividade para o atendimento de casos de insuficiência renal aguda. Diante da atual situação de superlotação, infelizmente, torna-se inviável o acolhimento de pacientes fora das especialidades de referência”.

A unidade apontou ainda que “o caso está sendo discutido internamente pelas equipes técnicas, que seguem empenhadas em buscar soluções viáveis dentro dos limites operacionais da instituição. No momento, o hospital permanece com sua capacidade de ocupação”. Por fim, reforçou que “os hospitais conveniados ao Poder Público não são acionados diretamente pela regulação hospitalar. A comunicação entre os setores é feita por meio do Sistema Estadual de Regulação, responsável por organizar e viabilizar a ocupação das vagas disponíveis na rede de saúde”.

Já a Sesau informou que “todos os serviços de consultas, exames e atendimentos prestados à população seguem os protocolos do SUS (Sistema Único de Saúde), que estabelecem critérios de priorização com base em urgência, gravidade e disponibilidade de recursos”.

No entanto, “em cumprimento à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, bem como ao princípio constitucional da inviolabilidade da intimidade e da vida privada, a Secretaria não fornece informações individualizadas sobre pacientes à imprensa ou a terceiros, ainda que de forma indireta”.

Até o fechamento da matéria, o Hospital Regional não havia se manifestado. O espaço segue aberto.

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