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Cotidiano

Casos de hepatite A caem em Campo Grande, mas vacinação segue abaixo da meta

Entre janeiro e março, foram 144 pessoas diagnosticadas com hepatite A, na Capital, e apenas 30 casos de abril a julho, segundo a Sesau
Murilo Medeiros -
Teste de hepatite A – imagem ilustrativa. (Foto: Divulgação, Sesau)

Após uma explosão de hepatite A nos primeiros três meses de 2025, registra queda nos casos da doença. Entre janeiro e março, foram 144 pessoas diagnosticadas com hepatite A, na Capital, e apenas 30 casos de abril a julho, segundo a (Secretaria Municipal de Saúde).

No entanto, a vacinação segue abaixo da meta do Ministério da Saúde. Conforme a secretaria, a cobertura vacinal infantil alcança 77% do público-alvo, e o ideal seria imunizar 95%. Além das crianças, a pasta liberou em 2024 a vacina para usuários de PrEP (profilaxia pré-exposição), tratamento preventivo ao HIV.

A inclusão deste público se deu por conta de uma mudança no perfil epidemiológico da doença, que passou a concentrar-se na população adulta. Na Capital, os casos de hepatite A são liderados por adultos jovens de 20 a 34 anos, com predominância do masculino.

A Sesau avalia que o pico de casos da doença terminou em fevereiro e que as ações de combate à hepatite foram eficazes. “Os casos vêm apresentando redução progressiva resultado das medidas de prevenção, vigilância, imunização e testagem da população”, afirma a pasta, em nota enviada ao Jornal Midiamax.

Em 2025, houve 31,8% mais casos que em 2024

Só nos primeiros três meses do ano, o número de casos em Campo Grande foi superior ao registrado em todo 2024. No ano passado, foram 132 pacientes infectados pela doença, enquanto neste ano já são 174 registros, sendo 144 só até março. O número já é 31,8% maior que do ano anterior.

Confira a evolução da hepatite A em cada mês deste ano:

  • Janeiro: 55 casos;
  • Fevereiro: 64 casos;
  • Março: 25 casos;
  • Abril: 7 casos;
  • Maio: 15 casos;
  • Junho: 5 casos;
  • Julho: 3 casos.

Somente sete crianças entre 10 e 14 anos foram infectadas pelo vírus da hepatite A em Campo Grande. Além disso, a prevalência da doença também diminui a partir dos 50 anos, com somente sete casos registrados na Capital. Entre os adultos, homens lideram o número de casos para todas as faixas etárias.

Veja o perfil dos casos por faixa etária e sexo:

  • 10 a 14 anos: 2 homens e 5 mulheres;
  • 15 a 19 anos: 21 homens e 13 mulheres;
  • 20 a 34 anos: 54 homens e 33 mulheres;
  • 35 a 49 anos: 24 homens e 15 mulheres;
  • 50 a 64 anos: 3 homens e 3 mulheres;
  • 65 a 79 anos: 1 homem.

Sintomas da hepatite A

Conforme o Ministério da Saúde, quando presentes, os sintomas são inespecíficos, podendo se manifestar inicialmente como: fadiga, mal-estar, febre, dores musculares. Esses sintomas iniciais podem ser seguidos de sintomas gastrointestinais, como: enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia. 

A presença de urina escura ocorre antes do início da fase onde a pessoa pode ficar com a pele e os olhos amarelados (icterícia). Os sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois meses.

Não há nenhum tratamento específico para hepatite A. O mais importante é evitar a automedicação para alívio dos sintomas, uma vez que o uso de medicamentos desnecessários ou que são tóxicos ao fígado pode piorar o quadro.

Vacinação e testagem

A vacina contra hepatite A está disponível nas salas de vacina da Rede Municipal de Saúde e é a principal medida preventiva contra a doença. Em , podem imunizar-se: crianças de 15 meses, usuários de PrEP e pessoas que tiveram contato com infectados, seguindo critérios específicos.

Neste caso, podem vacinar-se: contactantes de pessoas privadas de liberdade que tiveram hepatite A; contactantes sexuais de casos confirmados; pessoas de 11 a 39 anos que tenham tido contato domiciliar com infectados até 15 dias após a exposição.

A Sesau ainda reforça a importância da testagem para diagnóstico precoce da hepatite A e outras hepatites virais. Segundo a pasta, os testes rápidos estão disponíveis de forma gratuita em todas as unidades de saúde do município, permitindo a identificação e o encaminhamento oportuno dos casos confirmados.

Prevenção da hepatite A

  • Lavar as mãos (incluindo após o uso do sanitário, trocar fraldas e antes do preparo de alimentos);
  • Lavar com água tratada, clorada ou fervida os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
  • Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;
  • Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
  • Usar instalações sanitárias;
  • No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão, utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária;
  • Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;
  • Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;
  • Usar preservativos e higienização das mãos, genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais;
  • Procura imediata por atendimento médico diante de sintomas como febre, fadiga, mal-estar, náuseas, dor abdominal, urina escura e icterícia (pele e olhos amarelados).

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(Revisão: Dáfini Lisboa)

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