Em abril deste ano, Jorge Ávalo, de 60 anos, morreu no Pantanal de Mato Grosso do Sul após ataque de onça. Cinco meses depois do caso que se tornou reconhecido nacionalmente, o animal voltou a causar medo nos moradores do Estado – mas dessa vez, especificamente em Campo Grande.
Tudo começou com boatos de aparições do felino na região do Vila Nasser, na última quinta-feira (2). Segundo informações compartilhadas durante uma sessão ordinária na Câmara Municipal de Campo Grande, uma onça-pintada e seu filhote estariam rondando áreas próximas.
Com o temor que surgiu, surgiram também histórias como a de Valdenir, de 61 anos, que alegou que seu quintal, no Santa Luzia, recebe visitas do animal regularmente. Vídeo gravado pelo morador mostra ainda o ‘filhote’ correndo em uma estrada, que além de amedrontar sobre as aparições da onça, também gerou debates a respeito.

Pegada no Coophasul
Já na sexta-feira (3), um morador do Coophasul entrou em contato com a equipe do Midiamax com um vídeo que mostra ‘supostas pegadas’ de onça na areia. Ainda, o jovem garante ter visto uma onça-parda passando em frente à sua residência e seus cachorros latiram desesperadamente.
Com a visão do felino, Lucas Gabriel afirma ter gritado e assustado o animal, que correu antes que pudesse ser fotografado. Na manhã seguinte, segundo o morador, sobrou apenas a pegada para contar história.

No portão de casa
Este domingo (5), os relatos vieram com ‘provas’ mais concretas. Se anteriormente as aparições renderam vídeos de filhote no escuro e suposta pegada, agora a onça foi ‘registrada’ ali: em carne e osso, passeando em uma calçada na região da Vila Nasser.
A imagem circulou em grupos de WhatsApp e causou apreensão e debate entre moradores do bairro e há até quem afirma ter visto o animal pessoalmente. Em contraponto, a PMA (Polícia Militar Ambiental) informou que está apurando a veracidade da imagem, que pode ter sido gerada com uso de Inteligência Artificial.

Fiscalização da PMA
Para averiguar os casos, a PMA e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) estiveram na região da Vila Nasser para levantar informações. Não foram encontrados indícios de aparições, como pegadas, pelagem ou carcaças de animais mortos, mas a área segue em monitoramento.
Em nota, a Polícia Militar Ambiental reforçou as principais recomendações de segurança. As medidas visam prevenir riscos tanto à população quanto ao animal, protegido por lei.
- evitar circular sozinho em áreas periféricas, sobretudo à noite;
- manter crianças sempre acompanhadas;
- recolher animais domésticos em locais seguros durante a noite;
- reforçar lixeiras e não deixar restos de alimentos expostos.
Morte de ‘Jorginho’
Em 21 de abril deste ano, o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, morreu devido a um choque neurogênico agudo. O laudo necroscópico indica que, de fato, Jorginho foi atacado por uma onça no Pantanal sul-mato-grossense, em um pesqueiro na região do Touro Morto.
A captura do animal ocorreu três dias depois do ataque. A onça-pintada, posteriormente encaminhada ao CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), foi encontrada por equipes da PMA próximo ao local onde Jorge foi atacado.
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(Revisão: Bianca Iglesias)