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Cotidiano

Com vizinhos ‘sem noção’, moradores do Teruel Filho convivem com lixão a céu aberto

Legislação é clara: descartar resíduos em locais irregulares é crime
Da Redação -
Há anos moradores convivem com o lixo se acumula em terrenos. (Foto: Madu Livramento)

, lixo, animais peçonhentos e incêndios. Esse é o cenário que os moradores do bairro Residencial José Teruel Filho, na região sul de , enfrentam diariamente. O acúmulo de resíduos nos canteiros da rua Evelina Figueiredo Selingard é constante. As autoridades realizam a limpeza, mas, em pouco tempo, o lixão a céu aberto volta a se formar, devido à ação humana.

Moradora do bairro há 12 anos, a dona de casa Floriva Cáceres Frete, de 56 anos, afirma que um dos principais problemas decorrentes dos resíduos é a fumaça dos incêndios provocados com o intuito de limpar o local.
“Aqui passa semanas assim, com entulho acumulado, aí vem alguém e coloca fogo. Não temos tanto problema com o mau cheiro porque o descarte aqui é, principalmente, de restos de materiais de obras e móveis. Quando as chamas sobem, a fumaça toma conta da região, é horrível”, afirma.

Ela acredita que falta mais consciência ambiental dos vizinhos e moradores da região. “Os próprios moradores jogam lixo aqui. Se numa semana a área é limpa, não demora muito e o lixo volta a se acumular”, acrescenta a dona de casa.

Com o acúmulo de resíduos, a presença de animais peçonhentos é constante, o que deixa quem vive por perto em alerta. A partir do cruzamento com a rua Cenira Soares Magalhães, não há pavimentação asfáltica na rua Evelina Figueiredo Selingard, o que favorece o descarte irregular de lixo.

Para o caminhoneiro Carlos dos Santos, de 53 anos, a pior parte da problemática é a invasão dos animais peçonhentos. “É bicho dentro de casa. Eu mesmo já matei aranha, cobra, carrapato e escorpião. Moro aqui há três anos. Tem dias que você não consegue passar de carro aqui na rua, porque é tanto lixo que ocupa a pista”, revela.

Moradores afirmam que é comum a invasão da via pelo lixo, o que dificulta o trânsito de veículos. (Foto: Madu Livramento)

Diferente da vizinha, ele afirma que muitas pessoas de fora da região costumam usar o local para fazer o descarte de galhos de árvores e móveis danificados. “Aqui passa uma patrola de vez em quando, mas não demora muito e o problema retorna. Tem muita gente que vem de fora jogar lixo aqui”.

“Aqui, quando venta, o cheiro se espalha e fica insuportável. Quando tacam fogo, a fuligem toma as casas e fica insuportável. Não adianta denunciar, ninguém vem”, afirma a dona de casa Clemilda Pereira da Silva, de 44 anos. Ela mora na região há 20 anos.

Todos os moradores que conversaram com a reportagem afirmaram já ter feito diversas denúncias aos órgãos competentes, mas a recorrência do problema é constante. O Jornal Midiamax entrou em contato com a Prefeitura de para verificar se há alguma ação prevista no local e o espaço segue aberto ao posicionamento.

O que diz a legislação?

O descarte irregular de resíduos é crime ambiental e pode resultar em multas e até mesmo prisão para quem o pratica. Qualquer pessoa flagrada jogando resíduos de forma inadequada pode ser levada à Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista para a abertura de inquérito por crime ambiental, além da aplicação, pela Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), de multa mínima de R$ 3.091,50, que pode chegar a R$ 12.366.
Quem for flagrado realizando o descarte irregular em locais proibidos poderá ser autuado tanto na esfera administrativa, pelo município, como na esfera penal, por crime ambiental.

De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, o transporte de resíduos de construção civil e de resíduos volumosos, como sofás e móveis em geral, acima de um metro cúbico, sem o devido Certificado de Transporte de Resíduo, emitido pelo sistema Coletas Online, da Semadur, também configura crime.

Ecopontos

Campo Grande possui seis ecopontos destinados ao descarte de materiais, que funcionam de segunda a sábado, das 08h às 18h. Na região sul, o Ecoponto Morerinhas está localizado na Rua Copaíba, entre a Rua Antônio David Macedo e a Rua Amado Nogueira de Moraes. Na região oeste, é possível descartar resíduos no Ecoponto União, que fica na esquina da Avenida Roseira com a Rua Carmem Bazzano Pedra.

Já nas proximidades da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), o Ecoponto Panamá é a unidade referencial. Ele fica localizado na Rua Sagarana, na esquina com a Avenida José Barbosa Rodrigues. Na região norte, é possível realizar o descarte no Ecoponto Nova Lima, que fica na Rua Pacajús, no cruzamento com a Rua Galdino Afonso Vilela, no bairro Vida Nova. O último ponto de coleta fica na Rua Piraputanga, esquina com a Rua Guarulhos, no bairro .

Denúncias

Todo cidadão que flagrar o descarte irregular de lixo pode denunciar à Prefeitura de Campo Grande por meio dos telefones 156 e 153 (Guarda Municipal). (Marcus Moura e Schimene Weber)

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