Dados do boletim epidemiológico InfoGripe, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgado nesta quinta-feira (7), apontam que as crianças se mantêm em níveis elevados de VSR (vírus sincicial respiratório).
Conforme os registros, a situação ocorre na maioria dos estados brasileiros. A análise é referente à semana epidemiológica 31, que compreende o período de 27 de julho a 2 de agosto de 2025.
O boletim também destaca que, na população idosa, os casos de SRAG (síndrome respiratória aguda grave) se mantêm em níveis de moderado a alto, em diversos estados do Centro-Sul, além de alguns estados do Norte e do Nordeste.
Pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, Tatiana Portela reforça a importância da vacinação. “Como em alguns estados os casos de SRAG por influenza A continuam altos, também é importante estar em dia com a vacina contra a gripe“, observa.
Segundo o boletim, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 13,9% de influenza A; 1,5% de influenza B; 44,7% de VSR; 34,6% de rinovírus; e 5,6% de Sars-CoV-2 (covid-19).
Análise dos óbitos mostra que a presença destes mesmos vírus entre os positivos, e no mesmo recorte temporal, foi de 51,6% de influenza A; 2% de influenza B; 18,4% de VSR; 18% de rinovírus; e 8,1% de Sars-CoV-2 (covid-19).
Mato Grosso do Sul está entre os 16 estados que apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco, no entanto, sem sinal de crescimento na tendência.
Os demais estados são: Acre, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Pará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe; com exceção do Amapá, Ceará, Espírito Santo, Ceará, Piauí, Tocantins e Distrito Federal.
Os dados também revelam que, ao longo deste ano, foram notificados 150.615 casos de SRAG, sendo 80.577 (53,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório; 51.291 (34,1%) negativos; e ao menos 8.853 (5,9%) que esperam resultado laboratorial.
Além disso, também existem 25,7% de casos registrados de influenza A; 1,1% de influenza B; 46% de VSR; 23,6% de rinovírus; e 7% de Sars-CoV-2 (covid-19).
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