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Cotidiano

Riscos ao soltar pipa nas férias vão de falta de energia a mortes em Campo Grande

Vai entrar na brincadeira? Escolher local seguro e priorizar segurança pessoal e coletiva é fundamental
Idaicy Solano -
pipa
Uso de itens proibidos marginalizam lazer (Arquivo Midiamax)

Com a chegada das férias escolares, soltar pipa volta a ser uma diversão comum entre crianças e adolescentes. No entanto, é preciso ficar alerta: o uso de materiais inadequados podem causar graves acidentes, e até a morte. 

Escolher um local seguro, longe da rede elétrica e do trânsito, faz toda a diferença para evitar acidentes. Também é importante ressaltar que o uso de materiais inadequados, como linhas chilenas e cerol, além de ser crime em , também pode ser fatal.

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Conforme dados informados pelo superintendente do comando da GCM (Guarda Civil Metropolitana), Anderson Ortigoza, no primeiro semestre de 2025 a Operação Cerol apreendeu cerca de 280 pipas e 320 linhas cortantes. Além disso, foram registradas mais de 70 denúncias relacionadas ao uso desses materiais. 

Em relação aos danos na rede elétrica, a contabilizou em , de janeiro a julho deste ano, mais de 61 mil clientes que ficaram sem energia elétrica por conta de incidentes envolvendo pipas, resultado de 71 casos do brinquedo enroscado na rede elétrica. Em 2024, foram mais 180 mil clientes afetados e 151 ocorrências desse tipo.

Material apreendido pela GCM (Foto: Madu Livramento, Jornal Midiamax)

Brincadeira pode acabar em tragédia 

Conforme explica o superintendente da GCM, Anderson Ortigoza, o período de férias costuma deixar as crianças mais ociosas, o que, consequentemente, aumenta o número de ocorrência de acidentes e irregularidades relacionadas à atividade de empinar pipas. 

O policial ressalta que a pipa, em si, não representa risco algum, mas utilizar linhas cortantes, ou empinar próximo a ruas movimentadas e fiação elétrica pode causar problemas de segurança tanto para quem está empinando a pipa, quanto para os moradores ao redor. 

Anderson detalha que essas linhas, produzidas comumente com pó de vidro e cola, podem causar cortes fatais, tanto em pessoas quanto em animais. Além disso, empinar em vias movimentadas pode ocasionar danos aos fios elétricos e até mesmo acidentes com .

“A grande maioria utiliza [a pipa] de forma errada. Colocam cerol na linha, compram aquelas linhas chilenas que já vêm preparadas. Essas linhas machucam animais, cortam fiação elétrica, fiação de internet, telefone, e podem ferir uma pessoa”, destaca.

Superintendente da GCM, Anderson Ortigoza (Foto: Madu Livramento, Jornal Midiamax)

Entre na brincadeira com segurança 

Conforme o superintendente, o ideal é buscar espaços amplos, como terrenos baldios limpos, praças e parques, longe de ruas movimentadas e longe da fiação elétrica. Além disso, é importante se certificar de realizar a atividade longe de outras pessoas. A linha também não pode conter nenhum tipo de material cortante em sua composição. 

A Guarda Civil Metropolitana mantém o monitoramento constante para impedir a prática e uso inadequados de materiais, além de realizar ações de orientação voltadas às crianças, adolescentes e responsáveis, visando à conscientização sobre o perigo do uso de linhas cortantes.

Dicas de segurança: 

  • Não solte pipa próximo à rede elétrica e nunca tente remover a pipa;
  • Não utilize materiais cortantes, como a linha chilena e o cerol, e não solte pipa próximo a ruas e avenidas. A linha pode ser perigosa para os condutores, causando, principalmente, acidentes com motos e bicicletas;
  • Não empine pipa em dias de chuvas e relâmpagos;
  • Alerte outras pessoas sobre o risco de soltar pipas sem os devidos cuidados. A conscientização é fundamental para reduzir transtornos e acidentes;
  • Nunca tente remover a pipa que tenha ficado enroscada na rede elétrica. Apenas os profissionais autorizados pela concessionária de energia, munidos de todos os itens de segurança e treinamentos necessários, podem fazer a manutenção na rede elétrica.

Uso de linhas cortantes é crime em Campo Grande 

Em Campo Grande, o uso de qualquer linha cortante é expressamente proibido pela Lei Complementar nº 116/08, que entrou em vigor no ano de 2008.

As penalidades previstas incluem: multa de R$ 1 mil para quem for flagrado soltando pipas com materiais cortantes (no caso de menores de idade, a multa recai sobre os pais ou responsáveis); e multa de R$ 5 mil para comércios flagrados vendendo esses materiais. Se houver ferimento, o responsável pelo material pode, ainda, responder por lesão corporal, e até por crimes mais graves, como homicídio, se as vítimas atingidas pela linha vierem a óbito. 

Além disso, o Projeto de Lei 339/2024, que prevê a criminalização da fabricação e venda de linhas cortantes em todo o território brasileiro, foi aprovado pela Comissão de Esporte do Senado em outubro de 2024, e aguarda tramitação na CCJ (Comissão de Justiça e Cidadania). Se sancionado, pessoas que agirem em desconformidade com a nova lei poderão cumprir de 1 a 3 anos de prisão, além de pagar multas. O PL também propõe regulamentação da prática de soltar pipas.

Uso de linhas cortantes é proibido em Campo Grande (Foto: Madu Livramento, Jornal Midiamax)

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