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Cotidiano

Déficit de mil leitos: Hospital Municipal é promessa de solução para saúde de Campo Grande

A previsão da Prefeitura é de entregar 259 leitos
Priscilla Peres -
Santa Casa foi um dos hospitais que apresentou superlotação. Imagem ilustrativa. (Divulgação, Santa Casa)

Em 2023, mais de 17 mil pacientes de precisaram de internação, mas não encontraram leitos disponíveis em hospitais. O cenário preocupante é reflexo de um problema crônico da capital de Mato Grosso do Sul, com déficit de mil leitos hospitalares da região.

A falta de vagas em hospitais de Campo Grande e região gera diversos problemas à população, que incluem espera por atendimento qualificado, fila para cirurgias, atendimento em unidades básicas de saúde e, em casos mais graves, desassistência e sequelas.

Em 2025, o problema na área da Saúde em Campo Grande se escalou devido a dificuldades enfrentadas pela Santa Casa. O maior hospital de enfrenta, desde março, superlotação e falta de insumos em nível grave, com suspensão de cirurgias e de atendimentos.

No início de junho, a morte de uma criança de 5 anos jogou luz ao problema. Sophie Emanuelle Viana morreu após passar três dias internada na Santa Casa, em decorrência de um acidente doméstico. A família vê sinais claros de negligência no atendimento, que não considerou a gravidade do caso.

A morte da pequena fez a voltar ao debate, principalmente na pressão por um hospital municipal de Campo Grande. Até hoje, a Capital não possui nenhuma unidade hospitalar própria, sendo os 1.601 leitos disponíveis, contratualizados no SUS (Sistema Único de Saúde).

Hospital Municipal em andamento

Há um ano, em 1° de julho de 2024, a Prefeitura de Campo Grande lançou edital e projeto do Hospital Municipal, com previsão inicial de entrega em 24 meses. Mas, passada metade do tempo, o processo licitatório ainda não terminou.

A Prefeitura de Campo Grande não fala em nova previsão de entrega da unidade e afirma que o processo está na fase de análise da documentação apresentada pela segunda empresa habilitada. As propostas foram recebidas em setembro do ano passado e, até o momento, duas empresas se mostraram interessadas.

“Essa etapa é fundamental para verificar se todos os requisitos legais e técnicos foram atendidos. Somente após essa verificação será possível confirmar a habilitação da empresa e avançar para as próximas etapas, respeitando todas as fases previstas na lei de licitações”, explica.

A contratação da empresa vai acontecer no modelo built to suit (locação sob demanda), com todos os facilities necessários ao pleno funcionamento. Isso significa que empresa contratada será responsável pela construção do edifício hospitalar, pela aquisição dos equipamentos e do mobiliário e pela prestação de diversos serviços (facilities).

A empresa ainda assume o compromisso de longo prazo de manutenção e operação do hospital. O valor estimado pela Prefeitura para a contratação é de R$ 842,1 milhões, além do pagamento mensal de R$ 5,1 milhões.

Estrutura do complexo hospitalar

Levantamento evidencia que, em três anos, a Prefeitura de Campo Grande gastou R$ 575,7 milhões em convênios com hospitais para disponibilidade de leitos. Ainda assim, pacientes encontram dificuldade para acessar especialidades médicas desejadas, exames, profissionais ou equipamentos.

Diante de todo o cenário, que inclui falta de leitos e atendimento que atenda a demanda da saúde de Campo Grande, o Hospital Municipal desponta como uma solução para o gargalo. A previsão da administração é de entregar 259 leitos, sendo 49 de pronto atendimento, 20 leitos CTI (10 pediátricos e 10 adultos) e 190 leitos de enfermaria (60 pediátricos, 60 adultos para homens e 70 leitos para mulheres).

Além disso, o hospital deve ter 20 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pediátrica e adulta. Dentre as salas, serão 10 de cirurgia e 53 consultórios. O HMCG deve ter aproximadamente 15 mil metros quadrados de área construída, no início da Rua Augusto Antônio Mira, no Bairro Chácara Cachoeira.

Estimativa de atendimentos em Campo Grande

  • Internações: 1,5 mil ao mês;
  • Cirurgias: mil procedimento ao mês;
  • Pronto atendimento: 2,5 mil atendimentos ao mês;
  • Consultas médicas: 13,5 mil consultas ao mês;
  • Exames de imagem: 13,5 mil exames ao mês.
hospital
Entrada do Hospital. (Divulgação, PMCG)

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