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Cotidiano

É permitido? Mounjaro do Paraguai custa metade do preço e já está em falta em MS

Com a mesma composição, Lipoless é produzido no Paraguai e vendido na fronteira com MS
Priscilla Peres -
Medicamento Lipoless, vendido no Paraguai (Foto: Divulgação/Eticos)

Há dois meses, enquanto brasileiros viviam a espera da chegada do Mounjaro no Brasil, uma farmacêutica do Paraguai saiu na frente e lançou o Lipoless. Com Tirzepatida, mesma composição do Mounjaro, o medicamento recebeu aprovação pela Vigilância Sanitária paraguaia e o preço é atraente.

É possível comprar 4 canetas do Lipoless de 5 mg por R$ 600. Esse valor é menos da metade do Mounjaro, na promoção, em farmácias de Campo Grande. E infinitamente menor do que os R$ 3 mil cobrados pela aplicação em clínicas antes da chegada do medicamento no Brasil.

A Tirzepatida, seja o Mounjaro ou o Lipoless, é indicado para o tratamento de Diabetes tipo 2. Porém, tem atraído milhares de pessoas devido ao efeito emagrecedor. A promessa é de perda rápida de peso, mas mesmo as farmacêuticas recomendam o uso sob supervisão médica.

No site da Éticos, farmacêutica do , a indicação recomenda prescrição médica e seu uso supervisionado por um especialista. Porém, não é difícil comprar sem receita médica, pelo contrário.

Facilmente encontrado

É claro que se está disponível no Paraguai, também está no , ainda que indiretamente. Em Pedro Juan Cabalero, cidade que faz com , distante 312 km de , o medicamento pode ser encontrado nas farmácias.

Mas basta uma procura rápida nas redes sociais, para encontrar quem “importe” o produto. Aí o jeitinho brasileiro entra em cena e basta 10 minutos de conversa para resolver a entrega do produto em Campo Grande.

Facilmente encontrado nas redes sociais (Foto: Reprodução)

Importar o medicamento para uso próprio não é proibido. Segundo a Anvisa, a importação de medicamentos para uso próprio no limite de 10.000 dólares, não incide tributação. Confira informações.

Claro que quem quiser pode ir até Ponta Porã buscar. Porém, a procura pelo Lipoless tem sido tanta, que o produto está em falta até no Paraguai. Até quem mora na fronteira e atua nessa área de compra e transporte de medicamentos, afirma que tem encontrado dificuldade para comprar o Lipoless.

Na internet os preços variam bastante. Vão de R$ 800 a R$ 1,2 mil, mas também não é difícil encontrar o contato diretamente das farmácias do Paraguai. Algumas até parcelam a compra. Nas pesquisas feitas pelo Jornal Midiamax, nenhum impedimento em relação à apresentação de receita foi encontrado.

O que é o Lipoless?

A promessa do Laboratório Éticos, do Paraguai, é de um medicamento inovador para o tratamento da obesidade e diabetes tipo 2. A composição do Lipoless é a mesma do Mounjaro, a Tirzepatida.

O medicamento foi lançado em março de 2025, mas está esgotado na maioria das farmácias do Paraguai. O formato de venda é o mesmo do Mounjaro, em canetas aplicadoras nas formulações de 2,5 mg e até 15 mg, bem superior que o próprio Mounjaro que vai até 5 mg.

O laboratório afirma que o Lipoless é autorizado pela DINAVISA (Direção Nacional de Vigilância Sanitária do Paraguai). Além disso, apoiado por um plano de farmacovigilância que permite o monitoramento contínuo de sua eficácia e segurança em pacientes. ​

Assim como o Mounjaro, o Lipoless deve ser armazenado em geladeira e seu transporte exige cuidados.

Cuidado com canetas emagrecedoras

Medicamentos em formato de canetas emagrecedoras estão em alta. No entanto, esses medicamentos, que passaram a ser procurados por pessoas que buscam emagrecimento de forma rápida, não possuem esse fim. A redução do apetite e, consequentemente, a perda de peso, são efeitos colaterais dessas drogas indicadas a pacientes que fazem tratamento e controle da diabetes. Embora a reação adversa pareça positiva e bastante atrativa, o uso indiscriminado é preocupante. Existem outras reações graves, que são ignoradas quando o foco está na medida apresentada na balança.

Entre os efeitos colaterais descritos nas bulas estão: pancreatite, problemas renais, doenças da tireoide, câncer de tireoide, palpitações, doenças estomacais, alteração na visão, inflamação da vesícula biliar e formação de pedras na vesícula, hipoglicemia, náusea, diarreia, diminuição do apetite, vômitos, constipação e indigestão e dor de estômago.

Farmacêutica e presidente do CRF-MS (Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul), Daniely Proença dos Santos, observa que apesar de todos os efeitos adversos, o uso indiscriminado desses medicamentos parece crescer a medida em que circulam os depoimentos sobre o efeito emagrecedor dessas drogas.

Confira a reportagem completa aqui.

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