O avanço da energia solar em Campo Grande tem sido notável nos últimos anos, refletindo uma tendência nacional de busca por alternativas sustentáveis e econômicas. Mato Grosso do Sul já conta com mais de 1,4 gigawatt (GW) de potência instalada na geração própria solar, com mais de 129 mil conexões operacionais, segundo a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica0. Atualmente, mais de 185 mil consumidores já se beneficiam da redução na conta de luz e da maior autonomia energética proporcionada pelo sistema fotovoltaico.
O investimento em energia solar tem se tornado cada vez mais acessível. Um projeto para uma família padrão – casal com dois filhos – pode partir de 500 kW, com custo aproximado de R$ 11 mil. Esse valor pode ser financiado, com parcelas de aproximadamente R$ 400 por mês ao longo de 84 meses, enquanto a conta de luz tradicional poderia ultrapassar os R$ 600. Ou seja, mesmo com o financiamento, o consumidor paga menos do que pagaria à concessionária de energia.
Lanner Granze, proprietário de uma empresa de comercialização e instalação de sistemas fotovoltaicos em Campo Grande, destaca a influência do boca a boca na decisão dos clientes.
“Muitas vezes, um morador instala as placas e os vizinhos logo se interessam. O vizinho da direita vê e quer colocar, o da esquerda também. Se a ficha não aprova no momento, passado um tempo, o cliente volta para fechar o projeto”, explica. Ele também ressalta que há um certo nível de competição entre os moradores. “Se um instala oito painéis para gerar 500 kW, outro quer colocar dez ou doze”, disse.
Além disso, projetos maiores permitem a divisão da produção entre diferentes imóveis, o que aumenta ainda mais a atratividade do investimento. “Já atendemos clientes que instalaram sistemas de 2.000 kW para abastecer a própria casa e mais outras quatro de parentes. Isso ajuda a reduzir ainda mais os custos familiares”, acrescenta Lanner.
O número usuários de energia solar satisfeitos com a solução é grande. Francisco Pereira Lima, servidor público aposentado de 76 anos, investiu em um projeto de 1.000 kW, que atende sua residência e a casa da filha.
“Não penso apenas em recuperar o valor que investi, mas no próprio retorno que ele representa para minha casa. Hoje tenho mais conforto, aumentei de dois para cinco aparelhos de ar-condicionado e minha filha tem oito aparelhos na casa dela, tudo isso sem preocupação com aumento na conta de luz”, relata.
Ele destaca ainda que, desde que fez sua instalação, os preços diminuíram: “Na época, paguei mais de R$ 20 mil, mas hoje já vejo projetos semelhantes por menos”.
Outro cliente satisfeito é Dinamérico Gonçalves Medeiros, de 65 anos. Ele hesitou inicialmente devido ao preço, mas hoje considera a decisão uma das melhores que tomou. “Eu gastava cerca de R$ 500 a R$ 600 por mês com energia. Agora, só pago a taxa mínima. E mais que isso, tenho liberdade para usar os aparelhos sem preocupação”, afirma.
Desde a instalação, ele já adquiriu um freezer e um ar-condicionado, e pretende instalar mais dois aparelhos, além de um sistema para aquecer sua piscina.
Com a redução dos custos de instalação e o acesso facilitado a linhas de crédito específicas para energia solar, cada vez mais consumidores estão aderindo à tecnologia. Para quem deseja instalar o sistema fotovoltaico, a tendência é que o sistema ‘se pague’ em alguns anos. Além de gerar economia direta na conta de energia, os sistemas fotovoltaicos valorizam os imóveis e oferecem maior autonomia para os moradores.
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