A ideia é simples: reunir a família, com lazer, diversão e segurança para todos. Não é por menos que, na hora de sair de casa, muitas famílias optem por estabelecimentos que tenham uma área dedicada aos menores, o conhecido “espaço kids”.
Esses ambientes possuem grande diversidade, desde playgrounds grandes e coloridos, passando por brinquedos eletrônicos ou jogos educativos, além de atividades lúdicas em geral, todas supervisionadas por monitores com experiência em cuidado de crianças.
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Essa é, também, a razão pela qual restaurantes apostam cada vez mais nesses espaços. É mais que garantir que as crianças se divirtam enquanto os adultos aproveitam a refeição com tranquilidade: é, também, aproveitar um nicho específico, uma fatia de mercado exigente que quer deixar um passado de exclusão para trás.
Em outras palavras, restaurante – ou qualquer local sem espaço kids – sabe que terá dificuldades para conquistar, por exemplo, a preferência de casais com filhos, mães ou pais solo, avós com netos, e por aí vai.
Oportunidade no mercado
A empresa Móveis Aroeira existe há 36 anos e é especialista em móveis de madeira; no entanto, viu uma oportunidade no mercado de recreação infantil.
“A gente produz playgrounds de madeira há muitos anos, mas alguns anos atrás a gente viu a necessidade de ter a opção de playgrounds de polietileno”, explicou o administrador da loja, Johnny Nascimento.
Ele narra que havia dificuldade de adquirir brinquedos desse material em Campo Grande e, pensando nisso, eles foram atrás de fábricas que produzissem esses playgrounds. “A gente escolheu a Formento, que a matriz é lá em Blumenau, Santa Catarina”, disse.


No início, a empresa teve dificuldade de vender os produtos, já que os custos são mais elevados do que os feitos de madeira, mas logo conquistou uma cartela de clientes. “A gente tem uma taxa de aceitação muito alta. É um playground que geralmente as crianças ficam encantadas”, explicou.
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Clientes pedem por espaços kids maiores
Para agradar à clientela, os gestores da Pizzaria Confraria aumentaram seu espaço kids, após os consumidores solicitarem por mais atração para os pequenos. “Um ano atrás, a gente resolveu ampliar o ambiente para trazer mais conforto aos clientes, esse espaço das crianças, que antes a gente não tinha”, contou o gerente Carlos Augusto.
Atualmente, o espaço de recreação comporta até 70 crianças e conta com playground, área baby e brinquedos eletrônicos. “Hoje são duas monitoras, uma fica na recepção e outra fica cuidando das crianças”, explicou.
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Carlos considera que, hoje em dia, o espaço kids é um diferencial para o estabelecimento. “A demanda aumentou bastante, porque é um conforto maior, né? Os pais hoje podem vir tranquilamente ouvir uma música, bater bate-papo com os amigos sem se preocupar com as crianças que vão estar em um ambiente seguro”, afirmou.
Espaço atrai clientes, mas exige investimento
“A gente sempre faz um estudo do espaço antes de instalar, para poder ver as posições que vamos colocar o playground. Por exemplo, uma saída de um tobogã não pode ficar próximo de uma mureta ou parede, porque não pode correr o risco da criança, às vezes, na empolgação, escorregar um pouco mais rápido e cair, bater a cabeça”, explicou Johnny.
Além da instalação, os brinquedos exigem uma manutenção. Na pizzaria, eles realizam a limpeza no espaço diariamente e, uma vez por mês, fazem a higienização dos brinquedos. “Nós contratamos uma empresa terceirizada para higienizar, eles limpam todas as partes, tiram todas as bolinhas da piscina de bolinhas”, descreveu Carlos Augusto.

É importante que a segurança das crianças em áreas kids aconteça. Por isso, quando um estabelecimento possui a atração no local, ele deve passar por fiscalização do Corpo de Bombeiros. A equipe analisa a área e determina quantas crianças podem brincar simultaneamente.
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Confira nota dos bombeiros sobre o tema:
“Os requisitos vão depender do tipo de estabelecimento. A regra geral é que toda edificação comercial e multifamiliar necessita de certificação do Corpo de Bombeiros. Caso seja um estabelecimento e tenha essa área kids, ela também será fiscalizada. Para isso, seguimos a legislação vigente (Lei 4335/13) e a norma técnica aplicável a cada situação.
Com relação à quantidade de crianças por brinquedo, peso suportado por cada um deles e outras medidas de segurança, o CBMMS cobra o que preconiza o manual de cada brinquedo, ou seja, fiscaliza, mas não determina as regras. Quem determina é o fabricante. Nestes casos, o estabelecimento deve apresentar o layout dos brinquedos, que deve estar acompanhado do memorial descritivo, documento que é normalmente enviado com o brinquedo pelo fabricante. Esse documento apresenta as medidas, capacidade, material que ele é confeccionado, etc. Todas essas informações do manual do fabricante serão verificadas pelo Corpo de Bombeiros.
Além disso, o CBMMS vai, conforme a análise da área, determinar a quantidade de pessoas que podem circular no espaço kids. Vale esclarecer que se for um local que contenha brinquedos mecânicos e esportes radicais, como tirolesa kids, por exemplo, esse tipo de brinquedo será enquadrado como esportes radicais e passa por outro tipo de análise, em alguns casos necessitando de presença de monitor, entre outras exigências.”
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(Revisão: Dáfini Lisboa)