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Cotidiano

Fronteira da Bolívia com Mato Grosso do Sul tem 10 incêndios florestais ativos

Áreas em Santa Cruz de La Sierra são afetadas por queimadas, a mais recente na fronteira com Corumbá
Vinicios Araujo -
A Bolívia perdeu mais de 12 milhões de hectares de floresta em 2024 devido a incêndios florestais, segundo a Fundação Tierra. Foto: Gabinete do Governador de Santa Cruz

O Sistema de Alerta Precoce de Incêndios Florestais (SATIF) da Bolívia confirmou a existência de 10 incêndios ativos e 283 focos de calor, sendo o mais recente no Parque Nacional de Otuquis, uma área de com .

A situação mobilizou equipes de bombeiros e resgate para controlar as chamas e prestar assistência à fauna local. A região ainda se recupera dos incêndios de 2024, quando o departamento de Santa Cruz, que faz divisa com o Brasil, enfrentou o que autoridades locais classificaram como o “maior desastre ambiental” de sua história.

Conforme noticiado pelo o jornal local Instantâneos, os incêndios neste ano estão concentrados em diversos municípios do departamento de Santa Cruz, que abrange a região da Chiquitanía e do Pantanal boliviano.

San Ignacio de Velasco registra três ocorrências, enquanto Carmen Rivero Torrez, San Matías, San Miguel, Concepción, Puerto Suárez, Portachuelo e Charagua enfrentam um incêndio cada. Paulo Viruez, Diretor de Recursos Naturais (DIRENA), detalhou que equipes foram enviadas para controlar as chamas.

Um dos focos de maior preocupação é o incêndio no Parque Nacional Otuquis, próximo a Puerto Busch, classificado como o primeiro incêndio transfronteiriço da temporada de 2025.

Segundo Viruez, o fogo, que se encontra ativo, foi intensificado por condições climáticas favoráveis à sua propagação.

Para atender a emergência, além dos bombeiros, foram mobilizadas equipes de resgate e veterinários para o atendimento imediato de animais afetados. Na área de Ñembi Guasu, atingida por um incêndio há sete dias, equipes de manejo de vida selvagem foram deslocadas com uma clínica móvel e equipamentos especializados.

A estação seca na região, caracterizada por altas temperaturas e ventos fortes, cria um cenário complexo e recorrente para incêndios florestais, tornando áreas protegidas particularmente vulneráveis. A Bolívia possui um histórico recente de grandes queimadas.

Em 21 de agosto, o governo boliviano decretou estado de emergência nacional devido aos incêndios que afetavam diversas regiões. No ano anterior, em 30 de setembro de 2024, o país declarou “desastre nacional” após o fogo consumir 7,2 milhões de hectares apenas no departamento de Santa Cruz.

A proximidade com o Brasil torna a situação ainda mais delicada. Na sexta-feira, 5/09, um incêndio de grandes proporções na região da Tríplice Fronteira entre Brasil, Bolívia e Paraguai avançou sobre o território sul-mato-grossense, atingindo a área do Forte Coimbra, entre e Corumbá.

O fogo, detectado inicialmente na Bolívia, a 15 quilômetros da fronteira, foi empurrado para o lado brasileiro pela força do vento. Bases do Grupo de Combate a Incêndios Florestais de Corumbá e atuaram no combate às chamas.

A faixa de fronteira entre Brasil e Bolívia é formada pelos municípios de Corumbá e Ladário, em Mato Grosso do Sul, e pelas seções municipais de Puerto Quijarro e Puerto Suárez, na província de Germán Bush, departamento de Santa Cruz.

A cooperação e o monitoramento são constantes na região. Em Corumbá, o Comitê Municipal de Prevenção e Combate de Incêndios Florestais foi reativado para articular ações entre instituições públicas e privadas, visando reduzir os riscos de queimadas no Pantanal e em áreas urbanas.

Segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (), as condições meteorológicas, com tempo seco e baixa umidade do ar, podem favorecer a ocorrência de novos incêndios florestais. O alerta de “perigo de fogo” para o Pantanal variou de “muito alto” a “extremo” no início de setembro.

Autoridades bolivianas informaram também que 86 incêndios florestais foram controlados no país até o momento, através da atuação de mais de 1.700 integrantes das Forças Armadas e bombeiros. A ABT (Autoridade de Fiscalização e Control Social de Bosques y Tierra) abriu 77 processos relacionados a incêndios e desmatamentos ilegais. Atualmente, a Bolívia monitora 563 focos de calor, dos quais quatro permanecem ativos.

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