Após duas horas de reunião com a Prefeitura de Campo Grande, o diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, Themis de Oliveira, deixou o prédio da administração municipal às 10h30 desta quarta-feira (22) sem dar entrevista à imprensa. Aos jornalistas, ele se restringiu a dizer: “Estamos em negociação”.
Desde as 4 horas da madrugada desta quarta (22), o funcionamento dos ônibus do Consórcio Guaicurus foi paralisado em Campo Grande, devido a atraso no adiantamento salarial dos motoristas.
“Hoje não será [paralisação] o dia inteiro. Era um protesto, um movimento, para pressionar o Consórcio Guaicurus a efetuar o pagamento do vale o mais rápido possível. Caso não aconteça, aí, sim, a gente vai deliberar, fazer uma assembleia para uma paralisação total. Aí, sim, seria o dia inteiro”, descreveu o presidente do STTCU (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande), Demétrio Freitas.
Assim, a categoria pode paralisar totalmente na próxima segunda-feira (27).
Manhã caótica
O início da manhã desta quarta (22) foi de sufoco para vários trabalhadores que necessitavam do transporte público do Consórcio Guaicurus, após a paralisação dos motoristas de ônibus. Consequentemente, diante da demanda, o preço das corridas por aplicativo disparou.
Uma das trabalhadoras contou ao Jornal Midiamax que seguia para o trabalho, nas primeiras horas da manhã, saindo do Jardim Centenário para a Rua Antônio Maria Coelho. Ela foi surpreendida com o valor de R$ 80 na corrida.
O serviço voltou a operar nos bairros da cidade por volta das 6h30. Conforme Demétrio, o consórcio alegava falta de dinheiro e não tinha previsão de pagamento.
Condenação
Após confessar erro, o Consórcio Guaicurus perdeu ação para se livrar de multas por irregularidades no transporte coletivo de Campo Grande. Dessa vez, a Justiça negou pedido e mandou a empresa pagar o valor atualizado total de R$ 59,8 mil, além das custas processuais, que ainda serão levantadas pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).
Recentemente, os empresários do ônibus que detêm contrato de R$ 3,4 bilhões do serviço de transporte público de Campo Grande ameaçaram acabar com os contratos de vale-transporte com empresas públicas e privadas se continuarem recebendo penalidades de forma ‘indiscriminada’, como chamam.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)