Nesta semana, a Prefeitura de Campo Grande deu início à primeira fase de um censo focado nas pessoas em situação de rua. O projeto, que ocorre por meio da SAS (Secretaria de Assistência Social), Defensoria Pública e Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), visa fornecer dados concretos para o aprimoramento das políticas públicas para esta população.
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O trabalho de campo inicial mobilizou 32 equipes, divididas nas sete regiões de Campo Grande, para realização de contagem e georreferenciamento da população. A expectativa é de que o mapeamento ajude a nortear a diretriz da política pública, permitindo que o Poder Público atue de maneira precisa para auxiliar as pessoas a saírem do contexto de vulnerabilidade social.
Também foram contabilizadas as pessoas em Centro POP, Uaifa I, hospitais, Upas, Caps, Casa de Passagem e Terminal Rodoviário.
Próximas etapas
As próximas fases incluirão a aplicação de um questionário para apurar o levantamento sociodemográfico e questões étnico-sociais, detalhando o perfil dessa população, validação e cruzamento de dados. A expectativa é de que todo o processo, que se iniciou em meados de 2024, seja concluído até dezembro.
O censo é coordenado por uma comissão, que mantém reuniões contínuas desde agosto e agrega, além da Prefeitura (SAS, Planurb, SDHU e Seas), Governo do Estado e Defensoria Pública, diversos atores institucionais e da sociedade civil, como Ministério Público, IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e OSC Águia Morena, que atua com a população em situação de rua.
Atualmente, o principal instrumento para obtenção de dados sobre a população em situação de rua na Capital é o RMA (Registro Mensal de Atendimento), que fornece dados detalhados, como a quantidade de usuários atendidos por mês no Cras, Centro POP e Uaifa, número de abordagens realizadas, perfil das pessoas por gênero, idade e se é usuário de substância psicoativa ou migrante, além do número de encaminhamentos realizados.
Dados referentes ao Cadastro Único também são utilizados, mas não são considerados um parâmetro fidedigno. Com este novo censo, pretende-se fornecer dados mais próximos à realidade.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)
