O volume anual de recursos aplicados em bolsas e projetos pela Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul) saltou de R$ 9 milhões em 2017 para mais de R$ 74 milhões em 2024. Em 2025, os investimentos devem alcançar cerca de R$ 78 milhões.
A fundação, ligada à Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), comemora a trajetória de crescimento de mais de 722% em sete anos (2017 a 2024).
No consolidado do período, os números mostram que R$ 55 milhões foram destinados ao pagamento de bolsas e R$ 185,4 milhões ao financiamento de 1.538 projetos de pesquisa e inovação. Isso totaliza mais de R$ 240 milhões em investimentos diretos nas universidades e institutos de ensino do Estado.
Distribuição de bolsas
Para o incentivo à pesquisa em MS, entre 2017 e 2025, a Fundect concedeu 3.128 bolsas de Iniciação Científica, 900 de mestrado, 886 de doutorado e 128 de pós-doutorado.
A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) aparece como a principal beneficiada, com cerca de R$ 25,3 milhões em bolsas e R$ 85,2 milhões em projetos.
Já a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) aparece em segundo lugar entre as beneficiadas, com R$ 6,2 milhões em bolsas e R$ 46 milhões em projetos. A instituição é seguida pela UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), com R$ 11,9 milhões em bolsas e R$ 24,9 milhões em projetos.
Além das universidades públicas, instituições particulares também foram contempladas. A UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) obteve R$ 8,6 milhões em bolsas e R$ 16,9 milhões em projetos.
A Uniderp e o IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) — esse público — somaram R$ 3 milhões em bolsas e R$ 6 milhões em projetos, somando cerca de R$ 9 milhões em investimentos diretos.
Resultados na prática
O investimento em ciência e tecnologia se traduz em resultados concretos dentro das universidades e institutos de ensino sul-mato-grossenses, que transferem para a sociedade os benefícios recebidos.
Na UFMS, por exemplo, as bolsas concedidas e os projetos apoiados ampliam as oportunidades para estudantes e pesquisadores, impactando diretamente no desenvolvimento científico e tecnológico em todas as áreas do conhecimento em Mato Grosso do Sul, segundo a reitora, Camila Ítavo.
Um exemplo de bons resultados nessa parceria é o programa de mobilidade internacional, que tem fortalecido a produção científica e o intercâmbio de conhecimento com instituições estrangeiras.
“Essas experiências transformam a forma como pesquisamos. Estar em contato com laboratórios de ponta e com pesquisadores reconhecidos internacionalmente abre horizontes, traz novas metodologias e fortalece redes de cooperação. O resultado aparece em pesquisas mais inovadoras, em publicações conjuntas e em soluções que chegam até a sociedade”, destaca Fabrício Frazílio, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFMS.
Pesquisas da UFMS também se destacaram nacionalmente em prêmios e reconhecimentos. A professora Ana Rita Coimbra, finalista Prêmio CAPES de Tese 2024, foi apoiada pela Fundect e reforça a importância do vínculo entre universidade e comunidade:
“Esse reconhecimento é muito especial, porque valoriza o trabalho que nós desenvolvemos em equipe há mais de 20 anos, com as populações em situação de vulnerabilidade. Ver o nosso trabalho, nosso esforço sendo reconhecido, mostra que nós estamos no caminho certo e nos motiva a seguir em frente, aproximando cada vez mais a academia, o serviço de saúde e a comunidade.”
Para o diretor-presidente da Fundect, Márcio de Araújo Pereira, a meta é manter o ritmo de expansão e ampliar o alcance dos resultados.
“Nosso compromisso foi e continuará sendo o de consolidar um ecossistema sustentável de ciência, tecnologia e inovação em Mato Grosso do Sul”, afirma.
“Trabalhamos para que cada real investido gere oportunidades, conecte talentos e produza resultados que cheguem à sociedade. Também ampliamos nossa atuação internacional, garantindo que o conhecimento gerado aqui dialogue com o mundo e responda às demandas do Estado, especialmente nas áreas de saúde, agro, sustentabilidade e inclusão social”, finaliza.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)