O rosto de Marlene Cordeiro da Silva, de 64 anos, exibe os hematomas causados após ser atingida por uma pedra de concreto. Ela foi vítima do golpe violento, de surpresa, e ainda procura pelo responsável, além de uma explicação do que teria motivado o arremesso, no dia 28 de setembro, próximo ao Terminal Rodoviário de Campo Grande.
Ao Jornal Midiamax, ela descreve que o golpe causou um corte profundo na língua, nariz e dente quebrados, além de um corte no rosto que precisou de pontos. As lágrimas revelam a dor da quebra na autoestima e a mudança brusca na rotina.
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Ela não consegue comer alimentos sólidos e já emagreceu 7 kg. Para ela, o incidente deve ser tratado como tentativa de homicídio e descarta, inicialmente, a suspeita de tentativa de roubo.
“Não vi nada, não vi quem jogou. Pegou no meu rosto, foi para me matar, jogou [a pedra] para me matar. Se fosse para roubar, teria [jogado a pedra] de frente, mas pegou só do meu lado, no meu rosto. Eu espero uma providência, a polícia ir atrás, para não acontecer com ninguém. Eu quero justiça, não quero deixar impune. Não consigo nem conversar, estou deformada.”

Violência
Com a pedra na mão, ela conta que a última lembrança do dia foi entrar no carro com o marido, após chegar de viagem de Goiânia, por volta das 3h30. O marido realizou o retorno com o carro, em frente ao terminal, para seguir para a Vila Carvalho, onde moram e, ao passar sobre o quebra-molas, em frente à rodoviária, o casal foi surpreendido pela pedra no vidro lateral. “Eu desmaiei”.
Agora, Marlene luta pela recuperação. Além das fraturas, ela sofreu hematomas por todo o rosto, inclusive apresenta inchaço nos olhos. “Não consigo tomar os remédios, pois são fortes, eu vomito. Não tenho dinheiro para operar o nariz ou arrumar meus dentes, não sei o que fazer”.
Câmeras de segurança devem auxiliar na identificação do suspeito. O caso segue sendo investigado.

(Revisão: Bianca Iglesias)