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Cotidiano

Julho Verde: evento levará conscientização sobre câncer de cabeça e pescoço no HCAA de Campo Grande 

Evento acontece 1º de julho, no Hospital de Câncer Alfredo Abrão, às 8h
Idaicy Solano -
hospital do câncer
Hospital de Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande. (Reprodução, Facebook)

O HCAA (Hospital de Câncer Alfredo Abrão), de , realiza no dia 1º de julho a abertura do mês de conscientização da importância da detecção e tratamento precoce do câncer de cabeça e pescoço. O evento será às 8h, nas dependências do hospital. 

Durante a solenidade, os presentes poderão assistir à apresentação do Coral Novos Tons, cujos integrantes são pacientes oncológicos do hospital do segmento cabeça e pescoço (alguns laringectomizados, ou seja, usando laringes eletrônicas). Também serão entregues duas novas laringes eletrônicas para pacientes que perderam a voz em decorrência do tratamento cirúrgico. 

Os pacientes laringectomizados são aqueles que precisaram remover total ou parcialmente a laringe para tratar o câncer, afetando a voz. Por isso, a entrega das laringes eletrônicas marcará um momento emocionante no evento, pois, por meio do dispositivo, os pacientes poderão voltar a se comunicar. 

O aparelho reproduz a fala a partir da vibração, que é transmitida através dos tecidos externos do pescoço ou da bochecha. Os equipamentos portáteis serão entregues gratuitamente para pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde), ação pioneira do HCAA no Estado do

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Julho Verde 

Durante todo o mês de julho, o hospital disponibilizará informações sobre a doença através de suas redes sociais e meios de comunicação, buscando reforçar a importância do diagnóstico precoce. Quando detectada no início, as chances de cura ultrapassam 80%.

No Brasil, julho é considerado o Mês Nacional de Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, conforme a Lei 14.328/22, que determina que o mês deve ser dedicado às campanhas informativas de esclarecimento sobre o câncer de cabeça e pescoço, com estímulo à busca pelo diagnóstico precoce da doença.

O Inca (Instituto Nacional do Câncer) aponta que, em média, 80% dessas neoplasias só são diagnosticadas em estágio avançado, o que dificulta a cura. O dia 27 de julho foi escolhido como o Dia Mundial de Conscientização e Combate à doença. A data foi criada pela IFHNOS (International Federation of Head and Neck Oncologic Societies), com apoio da OMS (Organização Mundial da Saúde). 

Estatísticas 

De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), a previsão é de que mais de 39 mil novos casos dos cânceres de boca/cavidade oral, laringe e tireoide apareçam, anualmente, no país. Os cânceres de boca e laringe são os mais frequentes entre os homens. Já nas mulheres, o mais comum é o câncer de tireoide. 

Segundo estimativas para Mato Grosso do Sul, o Estado pode registrar 510 novos casos de câncer em três tipos específicos de neoplasias. Para o câncer de cavidade oral, a projeção é de 180 casos, sendo a maioria em homens (130), e 50 em mulheres. Já o câncer de tireoide tem uma estimativa de 190 novos diagnósticos, com predominância entre as mulheres (170), e apenas 20 casos entre os homens. Por fim, o câncer de laringe deve totalizar 140 casos no Estado, sendo 120 em homens e 20 em mulheres.

Importância do diagnóstico precoce 

Segundo o Inca, um estudo inédito revela que cerca de 80% dos tumores de cabeça e pescoço diagnosticados no país, entre os anos 2000 e 2017, foram identificados em estágios avançados. O diagnóstico tardio compromete as chances de tratamento e cura, destacando a urgência de ações para levar ao diagnóstico precoce.

O trabalho acadêmico “Disparidades no estágio do diagnóstico de tumores de cabeça e pescoço no Brasil: uma análise abrangente de registros hospitalares de câncer”, publicado na The Lancet Regional Health – Americas, analisou mais de 145 mil casos e revelou que, quanto menor o nível de educação, maior a probabilidade de diagnóstico em estágios avançados. Além disso, o estudo mostrou que os mais jovens apresentaram maior risco de diagnóstico tardio.

Dos casos analisados no estudo, 78,2% foram diagnosticados nos estágios III ou IV. A maior porcentagem de tumores em estágio avançado ocorreu na hipofaringe (91,3%), seguida pela orofaringe (86,6%), cavidade oral (75,1%) e laringe (69,5%). A maioria dos pacientes era do masculino (80%), com menos de 50 anos, baixa escolaridade e consumidores de álcool e tabaco. 

Apesar de o estudo sugerir que a idade mais comum das pessoas diagnosticadas com a doença seja 60 anos, os pesquisadores observaram que, quanto mais jovem, maior a probabilidade de ter a doença em estágio avançado. 

“Identificaram um maior percentual de pacientes com 50, 40 e 30 anos chegando aos hospitais com câncer em estágio progressivo. Também encontraram uma relação com o nível socioeconômico e de escolaridade: indivíduos sem ensino básico ou com educação incompleta apresentaram 17% mais chance de diagnóstico em estágio avançado, em comparação aos que têm ensino superior”, informam os dados levantados pelo hospital, sobre a pesquisa. 

Tratamento em Campo Grande 

Em Campo Grande, o Hospital de Câncer Alfredo Abrão realiza o tratamento e presta assistência para pacientes acometidos pela doença, com equipe sob coordenação do Dr. Carlos Freitas, cirurgião oncológico especialista em Cabeça e Pescoço, e equipe multiprofissional com fonoaudiologia especial, com o Dr. Anderson Borges de Carvalho.

A equipe é formada por médicos, enfermeiros e técnicos, quimioterapia, radioterapia e demais áreas de suporte e reabilitação, como odontologia hospitalar, enfermagem, farmacêuticos, fisioterapeutas e serviço social.

O diagnóstico do câncer de cabeça e pescoço é clínico e deve ser realizado por um profissional especializado (médico/cirurgião oncologista, cirurgião-dentista especializado). A confirmação é feita por biópsia e podem ser necessários outros exames para avaliação do estágio da doença e do melhor tratamento a ser indicado.

Confirmada a doença, o médico pode indicar cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia, que podem ser utilizados de forma combinada ou isolada. A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada, conforme o estágio da doença, e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um.

Principais fatores de risco

Para o câncer de cavidade oral (boca)

  • Tabagismo;
  • Consumo excessivo de álcool;
  • Exposição ao sol sem uso de protetor labial;
  • Infecção por HPV (Papilomavírus Humano).

Para o câncer de tireoide

  • Dieta pobre em iodo;
  • História de irradiação do pescoço;
  • Radioterapia em baixas doses (principalmente na infância);
  • História familiar de câncer de tireoide;
  • Obesidade;
  • Tabagismo;
  • Exposições hormonais;
  • Poluentes ambientais.

Para o câncer de laringe

  • Tabaco (cigarros, charutos, cachimbos, narguilés e produtos feitos por rolos);
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
  • Excesso de gordura corporal;
  • Exposição ocupacional de alguns elementos, como pó de madeira, produtos químicos utilizados na metalurgia, petróleo, plásticos, indústrias têxteis e o amianto.

Sintomas

As principais formas de aparecimento do câncer de cabeça e pescoço são:

  • Feridas no lábio, boca, língua, garganta ou pele por mais de 15 dias;
  • Nódulo/caroço no pescoço ou na face;
  • Dificuldade ou dor para engolir persistentes;
  • Voz rouca ou fraca por mais de 15 dias.

Prevenção

  • Não fumar;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Ter alimentação saudável, rica e balanceada com consumo de frutas, verduras e legumes;
  • Manter boa higiene bucal;
  • Usar preservativo (camisinha) na prática de sexo oral;
  • Manter o peso corporal adequado;
  • Vacinação de HPV para meninos entre 11 e 14 anos e meninas entre 9 e 14 anos.

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