De tempos em tempos surge uma nova polêmica nutricional. Lembra da falta de consenso sobre os benefícios do ovo? E da carne de porco? Desta vez, as preocupações dos adeptos ao estilo fitness têm duas protagonistas em meio à discussão se o consumo de margarina é melhor que o de manteiga.
Presentes nas mesas de café da manhã de muitos brasileiros, além de usadas em diversas outras receitas, a manteiga e a margarina dividem opiniões, mas ainda causam muita confusão. Isso porque são produtos semelhantes em sabor e função, apesar de muito diferentes na composição.
Mas, afinal, qual dos dois produtos é realmente o melhor para a saúde? Existem prós e contras específicos para cada um? Para explicar melhor o assunto, conversamos com o nutricionista Emerson Duarte.
Origens diferentes
Para começar, é preciso entender que as diferenças dos alimentos se dão já na origem deles. A manteiga é de origem animal, um derivado do leite que, por consequência, passa por menos processos industriais.
Já a margarina é feita com óleos vegetais, como o de soja ou milho, e passa por processos industriais mais intensos, com adição de corantes, emulsificantes e conservantes. Assim, a classificação atribuída é de alimento ultraprocessado, notadamente menos saudável.
Por outro lado, a manteiga é rica em gorduras saturadas. O consumo em excesso pode acarretar problemas de saúde, principalmente para quem tem colesterol alto.
‘Consumo moderado’
Ambas com suas particularidades, Emerson afirma que o principal é manter o controle sobre o consumo desses produtos. “Na prática, se for usar um desses produtos no dia a dia, o ideal é que seja com moderação. Se for para usar uma colher de café para passar no pão ocasionalmente, vai do gosto da pessoa”, afirma o nutricionista.
Contudo, ele orienta seus pacientes a darem preferência aos alimentos menos processados – neste caso, a manteiga, em pequenas quantidades – e indica que é fundamental olhar para o todo da alimentação, e não apenas para um único alimento.
“Tanto a manteiga quanto a margarina, se consumidas em excesso, podem trazer riscos, principalmente a quem tem colesterol alto ou doenças cardiovasculares”.
Por isso, a recomendação é uma dieta nutricional bem equilibrada seja seguida, para evitar problemas de saúde, mas sem renunciar a algumas preferências pessoais.
(Com supervisão de Guilherme Cavalcante)
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