Antes mesmo do encerramento do ano letivo de 2025, escolas particulares de Campo Grande já deram início à temporada de rematrículas e ao processo de matrícula para novos alunos. Em 2026, o reajuste médio das mensalidades deve ficar entre 5% e 10%.
Audie Salgueiro, presidente do Sinepe-MS (Sindicato das Escolas Particulares de Mato Grosso do Sul) explica que a maioria das instituições já abriu o período de renovação e visitação de famílias interessadas em garantir vaga para o próximo ano.
No entanto, fatores como o reajuste salarial dos professores e custos com insumos, manutenção e infraestrutura escolar devem elevar o preço das matrículas em até 10% no próximo ano. Em toda rede privada de Mato Grosso do Sul, são cerca de 350 escolas, sendo 180 somente em Campo Grande.
“Todos esses fatores são importantes na formação dos preços das mensalidades. Nossa orientação é de cautela nesse momento, já que vivemos um cenário de instabilidade econômica. Além disso, temos recebido relatos de famílias que demonstram dificuldade para arcar com as mensalidades”, afirmou o presidente.
O cenário econômico brasileiro em 2025 foi marcado por instabilidade e cautela, refletida em indicadores como a inflação acima do teto da meta do Banco Central, que acumula 5,17% em 12 meses. Além da taxa Selic mantida em 14,75%, o que encarece o crédito e reduz o consumo.
Apesar das incertezas, a expectativa do setor é positiva para 2026, com previsão de aumento no número de matrículas em Campo Grande.
“Recomendamos diálogo entre escola e responsáveis para adequar os reajustes à realidade financeira de cada um. Ainda assim, as expectativas são boas para o setor aumentar a quantidade de alunos para 2026”, destaca Audie.
Diferença entre mensalidades chega a 340% na Capital

Um levantamento divulgado pelo Procon-MS no início deste ano revelou grande disparidade nos valores cobrados pelas escolas particulares da Capital.
A variação chegou a 340% entre instituições que oferecem o Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano). Enquanto uma escola da região central cobrava cerca de R$ 490 pela mensalidade, outra, localizada no Jardim Autonomista, chegava a R$ 2,1 mil.
No Ensino Fundamental II (6º ao 8º ano) em período integral, a diferença chegou a 162,43%. Os valores apresentaram variação entre R$ 770, na Vila Jacy, a R$ 3,6 mil, no Jardim dos Estados.
Já entre as instituições que oferecem o Ensino Médio Integral, os preços variavam de R$ 1,3 mil no bairro Amambai a R$ 3,6 mil no Jardim dos Estados para alunos do 1°, o que representa uma variação de 185,61%.
Essa diferença no preço das mensalidades também está relacionada aos períodos escolares oferecidos:
- Integral – alunos permanecem cerca de 7 horas diárias, com atividades extracurriculares e acompanhamento pedagógico.
- Meio período (matutino ou vespertino) – modelo tradicional, com cerca de 4 horas de aula por dia.
- Intermediário – disponível até o 5º ano, inclui almoço e acompanhamento nas tarefas de casa, com carga horária ampliada em relação ao meio período.
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(Revisão: Bianca Iglesias)