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Cotidiano

Mesmo com menos escolaridade, homens ganham 24% a mais que mulheres em MS, mostra IBGE

Mulheres correspondem a 61,5% dos trabalhadores da categoria 'Profissionais das ciências e intelectuais'
Liana Feitosa -
Em MS, 29,6% das mulheres trabalhadoras têm ensino superior completo, contra 16,7% dos homens ocupados. (Foto: Ilustrativa – Canva)

Seis a cada 10 pessoas em estavam ocupadas trabalhando em 2022, colocando MS em 6º lugar entre os estados com maior nível de ocupação do país, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A maior parte dos trabalhadores é formada por homens, que ganham 24,1% a mais que as mulheres.

A constatação está no módulo “Trabalho e Rendimento e Deslocamentos para Trabalho e Estudo”, do Censo 2022, divulgado nesta quinta-feira (9).

O levantamento aponta que, em 2022, dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, 20 apresentaram nível de ocupação igual ou superior a 60%, marcando o índice de exatos  58,7% de ocupação.

O IBGE considera as pessoas de 14 anos ou mais de idade para elaborar a pesquisa. Essa faixa de idade é tradicionalmente utilizada em comparações internacionais e nas pesquisas conjunturais realizadas nacionalmente.

Adolescentes de 14 e 15 anos de idade só podem atuar na condição de aprendiz. Em 2022, o nível da ocupação do grupo etário de 14 a 17 anos foi de 18%, para os homens, e de 11,7%, para as mulheres.

Além disso, segundo a legislação brasileira, o trabalho de adolescentes de 16 ou 17 anos é autorizado, “desde que não seja em trabalhos prejudiciais à saúde, segurança e moralidade”, detalha o IBGE.

Cidade com maior e menor nível de ocupação

O único município de MS que apresentou nível de ocupação igual ou inferior a 40% foi Tacuru, com 31,62%, indicando que, a cada 10 pessoas de 14 anos ou mais, apenas 3 estavam trabalhando no município.

Apenas um município superou a marca de 70% de ocupação: Chapadão do Sul, com 75,11%. Com esse desempenho, o município figurou como o 9º maior nível de ocupação do país. Fernando de Noronha (PE) liderou o ranking nacional, com 82,97%. 

Pessoas dos 35 aos 39 anos têm maior nível de ocupação

O grupo etário mais ocupado em MS é de pessoas dos 35 aos 39 anos, correspondendo a 76,9% dos ocupados. 

Já pessoas de 65 anos ou mais de idade correspondem a 18,6% dos ocupados, o que faz com que MS tenha o 3º maior percentual entre os estados.

Ocupação entre homens e mulheres

“Ao longo de todas as faixas etárias, o nível de ocupação dos homens foi superior ao das mulheres”, diz o IBGE.

Ao todo, 62,9% dos homens e 48,9% das mulheres com 14 anos ou mais estavam ocupados em 2022. E eles ganham mais que elas.

O censo mostra que homens ganham mais que mulheres, com rendimento nominal médio mensal 24,1% superior ao feminino, em todos os trabalhos da população ocupada.

Isso significa que, em relação ao rendimento nominal médio mensal, a população ocupada masculina ganha média de R$ 3.248, e mulheres ficam com média de R$ 2.498.

“Em 2022, as pessoas ocupadas do sexo masculino recebiam rendimentos nominais mensais de todos os trabalhos superior ao das pessoas ocupadas do sexo feminino, qualquer que fosse o nível de instrução analisado, sendo a maior diferença na categoria superior completo”, detalha o IBGE.

Mulheres são maioria dos trabalhadores com ensino superior

Ou seja, não importa a escolaridade da mulher, mesmo as que têm ensino superior completo ganham menos que os homens.

O censo mostra que, em Mato Grosso do Sul, 29,6% das trabalhadoras têm ensino superior completo e 16,7% dos trabalhadores (homens) têm esse nível de escolaridade.

Até mesmo quando considerado o nível médio completo, as mulheres trabalhadoras são maioria. Isso porque 50% dos homens ocupados não possuíam o ensino médio completo em 2022, enquanto apenas 34% das mulheres ocupadas não tinham esse nível escolar. 

Entre os trabalhadores sem instrução ou com fundamental incompleto, os homens também são maioria: a renda foi superior à feminina em 2022.

Mulheres são maioria entre profissionais das ciências e intelectuais

Mesmo as mulheres ocupadas correspondendo à minoria do total de trabalhadores de MS com 14 anos ou mais, as trabalhadoras são maioria em três grandes grupos de ocupação: 

  • Profissionais das ciências e intelectuais (61,5%);
  • Trabalhadores de apoio administrativo (63,7%); e 
  • Trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados (64,5%). 

Por outro lado, em outros dois grandes grupos, a participação feminina foi bastante reduzida, inferior a 10%: 

  • Operadores de instalações e máquinas e montadores (5,8%); e 
  • Membros das , policiais e bombeiros militares (6,2%).

Recorte por cor ou raça

Já o recorte por cor ou raça mostrou que a maioria dos trabalhadores de MS é formada por pessoas pretas. As pessoas brancas figuram em segundo lugar.

Os percentuais de ocupação, portanto, são: brancas (59,2%), pretas (62,8%), amarelas (55,7%), pardas (58,9%) e indígenas (38,5%). Além disso, em Mato Grosso do Sul, a população indígena apresentou o menor rendimento médio. 

As categorias ficaram assim por cor ou raça: 

  • Amarela (R$ 5.394) e branca (R$ 3.641) – Acima da média estadual (R$ 2.930);
  • Parda (R$ 2.402) e preta (R$ 2.401) – Abaixo da média estadual;
  • Indígena (R$ 1.464) – Menor rendimento médio. 

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(Revisão: Dáfini Lisboa)

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