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Cotidiano

Para o Ministério do Trabalho, subocupação é o maior obstáculo para o pleno emprego em MS

Isto significa que MS deve diminuir o número de pessoas que trabalham menos de 40h semanais, mas querem trabalhar mais
Murilo Medeiros -
Diretora-presidente da Funtrab, Marina Dobashi, fala durante o 1º Fórum Estadual de Gestores do Trabalho, Emprego e Renda (Murilo Medeiros, Jornal Midiamax)

tem a 4ª menor taxa de desemprego do Brasil. Assim, para o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), a tarefa do Estado agora é combater a subocupação, ou seja, quando a pessoa tem emprego, mas trabalha menos que 40 horas semanais e gostaria de trabalhar mais. Este assunto é uma das pautas do 1º Fórum Estadual de Gestores do Trabalho, Emprego e Renda, que começou nesta manhã (5) em Campo Grande.

Se a taxa de desocupados do Estado é de 2,9%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os subocupados por insuficiência de horas trabalhadas são 2,8%. Ou seja, somando, 5,7% dos sul-mato-grossenses em idade produtiva não estão completamente posicionados no mercado de trabalho. Neste quesito, o Estado é o 5° melhor do País, ficando 4,3 pontos percentuais abaixo da média brasileira.

Caminho para o pleno emprego

O Diretor do Departamento de Trabalho, Emprego e Renda do MTE, Tiago Motta, afirma que este é o único caminho para o Brasil e MS alcançarem o pleno emprego, que é a condição econômica em que todas as pessoas dispostas e aptas a trabalhar conseguem encontrar uma ocupação remunerada, sem dificuldades. Além disso, ele destaca que o problema não é só de MS, mas uma questão a ser resolvida nacionalmente.

“Nós nos acostumamos a ter como principal foco o desemprego, que precisa ser atacado, mas subocupações também têm que ser visualizadas e resolvidas. Nenhum dos estados brasileiros vive o pleno emprego por conta das subocupações. Se nós fizéssemos o recorte apenas sobre desempregados, sim, Mato Grosso do Sul vive em pleno emprego”, explica o representante do .

Um exemplo de subocupação são os empregos intermitentes, regulamentados pela reforma trabalhista aprovada em 2017, no governo . “Os garçons, por exemplo, são pessoas que se enquadram no perfil dos subocupados: estão disponíveis para trabalhar de segunda-feira a domingo, mas só conseguem ocupação de sexta-feira a domingo”, afirma Tiago Motta.

Voucher Qualificação

Para avançar na empregabilidade, a Funtrab (Fundação Estadual do Trabalho) reuniu gestores municipais das 79 cidades de MS no Fórum, que começou nesta sexta-feira (5) e se estende até amanhã. O principal lançamento do evento é o Voucher Qualificação, segunda etapa do MS Qualifica, que oferecerá capacitação profissionalizante a 1.420 pessoas, de 27 municípios do Estado, em 88 cursos.

Auditório do Senac Hub Academy lotado para o 1º Fórum Estadual de Gestores do Trabalho, Emprego e Renda (Murilo Medeiros, Jornal Midiamax)

O investimento para o programa foi de R$ 3 milhões, retirados do Fundo Estadual do Trabalho. Este recurso custeia a realização dos cursos, promovidos em parceria com o Senac e o Senai. “Foi feito um mapeamento das cidades para que a qualificação vá de encontro à vaga que tem naquele município. Nós ainda temos pessoas a serem incluídas nos programas de trabalho, por isso a qualificação”, afirma a diretora-presidente da Funtrab, Marina Dobashi.

Os eixos de qualificação são: administração & TI, Construção civil, Indústria & manutenção, Elétrica & energia, Agro & florestal, Alimentos e Marcenaria & mobiliário. Dentre as cidades atendidas estão: Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Corumbá, , Sidrolândia, Ribas do Rio Pardo, Paranaíba, Coxim, Costa Rica, Naviraí, Maracaju, Jardim, , entre outras.

Além disso, pessoas interessadas podem inscrever-se no programa por um portal on-line. “Nesse site todos os parceiros podem oferecer as suas vagas [em cursos] e as pessoas precisam fazer o processo de inscrição. Vai ser feita uma avaliação para entender esse participante, porque a ideia é que ele possa ir até o final”, explica a diretora regional do Senac MS, Jordana Duenha.

Grandes conglomerados

Mato Grosso do Sul tem atraído grandes indústrias para atuar aqui, o que também representa um aumento na demanda por mão de obra qualificada.

“Várias pessoas não têm perfil para adentrar nessas grandes empresas, porque não tiveram oportunidade de estudo na sua juventude, e agora a gente vem com as qualificações, com nivelamento, para que as pessoas se interessem por trabalhar em grandes conglomerados industriais, que vêm se formando no interior do Estado principalmente”, explica a diretora-presidente da Funtrab.

O presidente do Sistema Fecomércio MS, Edison Araújo, destaca que cursos profissionalizantes diminuem a necessidade de importar mão de obra. “Consequentemente, vai diminuir a necessidade dessas grandes indústrias, que estão se instalando aqui, trazerem pessoas de fora em detrimento dos moradores do Estado de Mato Grosso do Sul”.

Na mesma linha, Jaime Verruck, titular da Semadesc (Secretaria Estadual Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), afirma que o programa Voucher Qualificação atende às áreas em que há mais carência de mão de obra no Estado. “O desafio hoje do Estado não é só a quantidade de mão de obra, mas preparar para essas grandes cadeias produtivas”.

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(Revisão: Bianca Iglesias)

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