O Ministério da Saúde investiga a morte de Matheus Santana Falcão, de 21 anos, em Campo Grande, como intoxicação por metanol, após o jovem beber cachaça e morrer na última quinta-feira (2).
Assim, conforme a atualização da pasta, Mato Grosso do Sul passa a integrar a lista de casos notificados. Ao todo, 11 pessoa foram intoxicadas por metanol no Brasil e 102 suspeitas seguem em investigação. Além disso, 12 óbitos já foram confirmados.
As notificações foram divulgadas pelo Cievs (Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Nacional).
Matheus chegou para atendimento sentindo desconforto no estômago, náuseas e chegou a vomitar um líquido escuro. O rapaz estava consciente, respondia às perguntas e com pressão estável quando chegou na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Universitário.
Porém, pouco tempo depois, o quadro piorou de forma repentina e o jovem não resistiu. Ele ainda passou por duas tentativas de reanimação, mas sem sucesso.
Assim, a Polícia Civil abriu investigação para descobrir se houve relação com o consumo das bebidas, como as adulteradas com o metanol. Amostras de urina de Matheus e da bebida alcoólica ingerida por ele vão passar por análise.
Então, o caso é acompanhado pela Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes contra as Relações de Consumo), segundo a Polícia Civil, que recolheu 13 frascos de bebida na loja onde o produto foi comprado, para análise.
Antídoto
Para reduzir o impacto das intoxicações provocadas por essa substância em bebidas alcoólicas adulteradas, o Ministério da Saúde em parceria com a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) adquiriu 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico, antidoto para esse tipo de intoxicação, e está comprando mais 5 mil tratamentos (150 mil ampolas), para garantir o estoque do Sistema Único de Saúde.
Além de solicitar que a Anvisa (Agência Nacional de vigilância Sanitária) realizasse um chamamento internacional das 10 maiores agências reguladoras localizadas na Argentina, México, Comunidade Europeia, Estados Unidos, Canadá, Japão, Reino Unido, China, Suíça e Austrália, a pasta enviou ofício para empresas e instituições da Índia, Estados Unidos e Portugal solicitando doação e cotação de compra para outro antídoto, o fomepizol. Esse medicamento é considerado órfão, pois pouco países produzem e tem em estoque.
O Ministério também oficializou pedido a Organização Pan-Americana da Saúde para a doação imediata de 100 tratamentos de fomepizol e manifestou intenção de adquirir outras mil unidades do medicamento por meio da linha de crédito do Fundo Estratégico da Opas, ampliando o estoque nacional.
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