Mato Grosso do Sul é o estado com o 3º menor percentual de famílias com renda per capita inferior à linha da pobreza, atingindo o patamar de 1,79%. O Estado fica atrás apenas de Santa Catarina (1,65%) e Rio Grande do Sul (1,74%). A renda per capita inferior à linha de pobreza corresponde a R$ 218.
Os dados são do levantamento do Ranking de Competitividade do CLP (Centro de Liderança Pública), divulgados na última quarta-feira (27), em Brasília. O levantamento conta com 100 indicadores em 10 pilares estratégicos para avaliar a qualidade da gestão pública e o ambiente de desenvolvimento nos estados.
Ainda em relação ao Ranking de Competitividade, Mato Grosso do Sul teve destaque positivo no pilar Capital Humano, saindo da 17º posição no ranking para a 2º, atrás apenas de Santa Catarina. O Capital Humano avalia o nível educacional da mão de obra, considerando aspectos ligados à inserção no mercado de trabalho e os impactos sobre a produtividade da economia.
Dentro desse pilar, Mato Grosso do Sul também conquistou a 1º colocação em menor número de pessoas desocupadas por longo prazo (2 anos ou mais). Já em relação à população economicamente ativa com Ensino Superior, o estado permaneceu na 6ª posição; e à qualificação dos trabalhadores, subiu duas posições, passando a ocupar o 9º lugar no ranking.
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Programas sociais
De acordo com o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, as boas posições no ranking são frutos de programas estruturantes de segurança alimentar, qualificação profissional, incentivo ao empreendedorismo e pagamento de bolsas de estudos.
Alguns desses programas são o Mais Social, da Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), e à parceria com a Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul) para oferecer aos beneficiários cursos de qualificação gratuitos em diversas áreas com o objetivo de promover oportunidades e melhorar a vida da pessoas.
O programa Mais Social, por exemplo, ampara mais de 38 mil famílias, com benefício de R$ 450 mês para garantir alimentação adequada e mobilidade social. O cartão do benefício pode ser usado para comprar comida, produtos de higiene e limpeza e gás de cozinha, sendo proibido utilizar o valor para comprar bebidas alcoólicas ou de produtos à base de tabaco.
Outra iniciativa da Sead é a busca ativa, nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, de pessoas em situação de vulnerabilidade econômica. A ação já incluiu mais de 4 mil pessoas no Mais Social.
Com intuito de promover mobilidade social, o MS Supera paga um salário mínimo mensal para mais de 1,8 mil estudantes de baixa renda fazerem cursos de educação profissional técnica de nível médio ou universitários de instituições públicas ou privadas.
Vidas impactadas
Moradora da aldeia Água Funda, no Jardim Noroeste, em Campo Grande, Ana Farias José consegue colocar comida na mesa dos filhos com o benefícioo Mais Social.
“Só quem mora no barraco é que sabe o quão difícil é ficar sem alimento. Esse cartão vem num momento bom porque a gente precisa bastante. A gente na semana ficava preocupado em pedir dinheiro emprestado porque ficava sem”, relata.
Já no município de Ponta Porã, Alex Divino da Cruz, também benefíciário do Mais Social, fez o curso Bolo de Pote, do MS Qualifica, com o desejo de se tornar um empreendedor. “Eu decidi fazer esse curso para aprender a fazer bolo e quem sabe no futuro empreender e fazer doces e salgados também. O que eu puder aprender a fazer para ter uma renda, um futuro, estou disposto”.
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