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Cotidiano

MS terá reuniões semanais com Ministério da Saúde após caso de sarampo no Paraguai

Secretaria Estadual de Saúde considera que há "risco real de reintrodução do vírus" no Estado, livre de sarampo desde 2020, e reforça necessidade de vacinação
Murilo Medeiros -
Ministério da Saúde e SES realizaram primeira reunião nesta terça-feira (5) (Foto: divulgação, SES)

Autoridades de saúde do confirmaram o primeiro caso de sarampo no País em dez anos nesta segunda-feira (4), em uma criança que mora a apenas 260 km de . O Estado não tem registros da doença desde 2020, mas a aproximação do vírus preocupa e levou o Ministério da Saúde do Brasil a marcar reuniões semanais com a SES (Secretaria Estadual de Saúde de MS).

MS tem cinco casos suspeitos de sarampo, ainda sem diagnóstico fechado. O primeiro encontro entre a Gerência de Imunização do Estado e a equipe do PNI (Programa Nacional de Imunizações) do Governo Federal aconteceu nesta terça-feira (5). Conforme a SES, objetivo das reuniões é alinhar estratégias de contenção, principalmente nas áreas de .

A criança infectada no Paraguai não estava vacinada e mora no distrito de Santa Rosa, na cidade de San Pedro, a 260 quilômetros de Ponta Porã. Desde o surto de sarampo na Bolívia, a SES considera que há “risco real de reintrodução do vírus” no Estado e aposta na imunização para barrar o avanço da doença. Desde julho, cidades fronteiriças reforçaram campanhas de vacinação, buscas ativas de sintomáticos e ações educativas.

Estratégia de combate ao sarampo

Em Corumbá, a SES aplicou 1.050 doses da vacina contra o sarampo ao longo do mês, sendo 280 apenas no Dia D, realizado em 26 de julho. Já em Ladário, 116 pessoas imunizaram-se no entre os dias 11 e 24 de julho deste ano.

Vacinação Tríplice Viral (Reprodução, Ministério da Saúde)

A meta de cobertura vacinal estabelecida pelo Ministério da Saúde é imunizar 95% do público-alvo (crianças de 1 ano) com a vacina Tríplice Viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. No entanto, a cobertura atual em MS é de 87,69% com a primeira dose e 70,39% com a segunda, segundo o painel de monitoramento nacional. O Estado está abaixo da média do País, que tem 90,5% (1ª dose) e 72,57% (2ª dose) de cobertura.

A imagem ao lado mostra a cobertura vacinal da segunda dose da Tríplice Viral no Estado. As 16 cidades em azul estão com a cobertura vacinal completa; em amarelo, com mais que 70% de imunização; em laranja, entre 41% e 70%. E apenas está com menos de 40%, em vermelho.

Além disso, a SES intensificou a vigilância com busca ativa de agentes comunitários de saúde, visitas domiciliares e revisão de prontuários em unidades de saúde para detectar casos suspeitos precocemente.

MS livre de sarampo há 5 anos

Os últimos casos de sarampo em Mato Grosso do Sul foram registrados em 2020, quando Campo Grande teve dez contaminações. Em 2019, foram dois em Três Lagoas e dois na Capital. Neste ano, o Brasil contabiliza 21 casos confirmados, sendo três importados do exterior e 16 somente no estado do Tocantins.

“A vigilância está em alerta. Qualquer caso suspeito deve ser imediatamente notificado e investigado. A população também precisa colaborar, procurando a unidade de saúde diante de sintomas como febre, manchas vermelhas no corpo, coriza, tosse ou conjuntivite”, reforça Jakeline Fonseca, gerente técnica estadual de Doenças Agudas e Exantemáticas da SES.

A vacina tríplice viral está disponível gratuitamente em todas as unidades básicas de saúde do Estado.

O que é o sarampo?

O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, que provoca febre alta, tosse, coriza e manchas avermelhadas na pele. A transmissão ocorre por vias respiratórias, principalmente em ambientes fechados, por meio da fala, espirros ou tosse de pessoas infectadas.

Além dos sintomas típicos, a doença pode desencadear complicações graves como pneumonia, infecções no ouvido e diarreias, sendo especialmente perigosa para crianças pequenas e pessoas com imunidade baixa. Em casos graves, o sarampo pode levar à morte.

Os principais sintomas do sarampo incluem febre alta, tosse, coriza, olhos inflamados (conjuntivite) e erupções cutâneas característica que começa no rosto e se espalha pelo corpo. Além disso, pessoas infectadas podem apresentar manchas brancas pequenas (manchas de Koplik) na boca antes da erupção cutânea se espalhar.

Foto: (Ilustrativa)
Sarampo (Ilustrativa)

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