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Cotidiano

Mulheres se negam a jogar contra time com atleta trans em campeonato amador de MS

Organizador do evento afirmou que não existem regulamentações oficiais
Dândara Genelhú, Monique Faria -
Atletas deixaram campo ao descobrir que time adversário tinha atleta trans (Reprodução, Instagran)
(Reprodução, Instagram)

Uma partida de feminino foi cancelada após mulheres se negarem a jogar contra um time com uma atleta trans em . O jogo seria entre Leoas e Fênix, ambos times femininos de .

Marcada para 6 de setembro, a partida foi dada como encerrada logo no início, marcando vitória para Fênix. Isso porque o clube Leoas não entrou em campo, devido à composição da equipe adversária com uma atleta trans.

Segundo a técnica do Leoas, Bárbara Augusta Santana, o time não entrou em campo “por falta de transparência e imposição do organizador da competição, que faltando 5 minutos para iniciar a partida, nos apresentou uma nova regra, a participação de trans feminina no evento”.

Ao Jornal Midiamax, disse que a participação seria desleal ao time Leoas. “A nova regra causava uma grande deslealdade para nossas atletas, principalmente devido à grande diferença de força e velocidade entre sexos distintos”, informou.

O caso tomou conta das redes sociais. “Eu gostaria que as pessoas entendessem que não é uma questão de preconceito ou transfobia e sim uma questão de justiça no esporte. Lutamos muito para conquistar espaço no futebol feminino. Queremos que seja um ambiente sem vantagens biológicas desleais e que seja justo”, disse a técnica.

Fênix FC se manifestou

Em nota de esclarecimento nas redes sociais, o time com atleta trans se posicionou sobre o acontecimento. O grupo pontuou que a jogadora em questão possui documentos retificados, reconhecendo o gênero feminino.

“A equipe adversária se recusou a disputar a partida sob a alegação equivocada de que ‘tínhamos um homem em campo'”, disseram em nota. Assim, destacaram a liberdade de entrar ou não em campo. “Entendemos e respeitamos o direito de qualquer equipe optar por não entrar em campo”.

Contudo, afirmaram que “a situação ganhou contornos de preconceito quando atletas do time Leoas ofereceram seus uniformes a homens”. Em nota, pontuaram que “a atitude não só fere a dignidade da Adriana, como também evidencia uma prática de e exclusão, absolutamente inaceitável em qualquer espaço social e esportivo”.

O Jornal Midiamax tentou contato por ligação com integrante do Fênix FC para posicionamento. Contudo, não houve retorno até a publicação desta matéria.

Regras

Para a técnica do Leoas, a retificação dos documentos não basta. “Não se exige nem comprovação de tratamento, como por exemplo para a diminuição dos níveis de testosterona a fim de tentar reduzir as desigualdades gritantes. Ainda assim não elimina as diferenças desleais”, comentou.

O organizador do Campeonato Amador, Tony Gol, disse que a regulamentação sobre atletas trans em partidas de futebol começaram a ser discutidas internacionalmente. Então, pontuou que ainda não existem regulamentações na competição. “Agora que tá no futebol inglês, foi proibido agora, mas imagina no amador de bairro, é muito mais complicado”, disse.

No entanto, esclareceu que após a desistência da partida, o time das Leoas pediu o reembolso da inscrição no Campeonato. Após a devolução do dinheiro, o time está fora da competição oficialmente.

Tony destacou ainda que a jogadora trans não participou de outras partidas no campeonato. Assim, não possui histórico em campo. “Ela não jogou aqui, ia estrear agora nesse jogo dia 6”.

Após a situação, o assunto tomou conta das redes sociais. Com posicionamento dos dois clubes em notas oficiais nos perfis de Instagram. Confira:

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(Revisão: Bianca Iglesias)

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