Pular para o conteúdo
Cotidiano

‘Nenhuma pena seria mais punitiva’: homem recebe perdão judicial após acidente que matou esposa

Esses casos ocorrem quando o réu sofreu consequências tão graves pelo crime que nenhuma sanção penal seria mais punitiva
Lethycia Anjos -
defensoria pública
Defensoria Pública de MS. (Divulgação DPGE-MS)

Em uma decisão incomum e com o intuito de humanizar processos judiciais, um homem assistido pela Estadual de , no interior de , recebeu perdão judicial após ser condenado por homicídio culposo devido a um acidente que resultou na morte de sua esposa.

O juiz responsável pelo caso acolheu o pedido da Defensoria para isentá-lo de qualquer pena. Na decisão, considerou que a perda da esposa foi a ‘pior consequência que poderia ter havido com ele‘. A decisão de confirmar o impacto emocional do ocorrido, priorizando uma abordagem mais humana.

Humanidade ao processo judicial

Para Gabriela Sant’Anna Barcellos, defensora pública substituta na 1ª Defensoria Pública Criminal de Paranaíba, o perdão judicial traz humanidade para o processo.

Defensoria MS
Gabriela Sant’Anna Barcellos (Defensoria MS)

“Nem todo caso que merece a aplicação simples e fria da lei, cada caso tem que passar por análise individualmente, sempre na defesa dos ”, justifica.

Conforme o inquérito policial, o acidente que resultou na morte da esposa ocorreu na madrugada de 24 de outubro de 2021, na Rodovia BR-497, em Paranaíba. O documento aponta ainda que o acusado “estava embriagado” quando perdeu o controle do veículo e colidiu com uma árvore. Sua esposa, que estava no banco do passageiro, sem cinto de segurança e com uma cachorra no colo, não resistiu a danos e morreu no local.

Nas alegações finais do processo criminal, a última manifestação antes de a sentença ter sido proferida, a defensora pública pediu a aplicação do perdão judicial ao assistido. Conforme Informou que não havia prova de que ele teria agido “com imprudência por estar sob o efeito de álcool, tampouco existe prova de que foi responsável” pela morte.

Além disso, o processo pontuou que não houve, no momento pós-acidente, teste do bafômetro e que nem o policial militar que atendeu a ocorrência “mencionou características do acusado que indicariam alteração na capacidade psicomotora”. No entanto, há informações de que o assistido teria ingerido bebida alcoólica à tarde, muitas horas antes do acidente na rodovia.

Processo alega que nenhuma sanção penal poderia ser mais punitiva

Barcellos enfatizou que o perdão judicial, concedido em dezembro, e a consequente liberação de pena estão previstos no Código Penal Brasileiro para situações especiais. Esses casos ocorrem quando o réu sofre as consequências do crime cometido de forma tão rígida que nenhuma sanção penal poderia ser mais punitiva do que o próprio impacto do delito.

Nesse contexto, o juiz concedeu o benefício com base em provas testemunhais apresentadas pela defensora pública. Ficou demonstrado que o assistido carrega um sentimento profundo de culpa pela morte da esposa. Apresenta dificuldades no estabelecimento de relacionamentos, sofrimento de distúrbios do sono e apresenta abalos significativos em sua saúde mental, incluindo recorrentes tentativas de suicídio.

Além disso, o réu era primário, possuía bons antecedentes e apresentava um comportamento compatível com a concessão do perdão judicial. Esses fatores foram cruciais para que o magistrado confirmasse a excepcionalidade do caso. Assim, determinasse por não aplicar qualquer sanção penal, priorizando uma abordagem humanizada.

💬 Receba notícias antes de todo mundo

Seja o primeiro a saber de tudo o que acontece nas cidades de Mato Grosso do Sul. São notícias em tempo real com informações detalhadas dos casos policiais, tempo em MS, trânsito, vagas de emprego e concursos, direitos do consumidor. Além disso, você fica por dentro das últimas novidades sobre política, transparência e escândalos.
📢 Participe da nossa comunidade no WhatsApp e acompanhe a cobertura jornalística mais completa e mais rápida de Mato Grosso do Sul.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
Sônia Tissiani e sua sobrinha Silvia Roberta - (Foto: Julia Rodrigues)

‘Jogo fantástico’, opina Vovó do Crossfit sobre final femina da Supercopa de Vôlei

Do RJ e de Corumbá, influencers vibram pela Supercopa Feminina em Campo Grande

Matheus Martins foi uniformizado para assistir final feminina da Supercopa no Guanandizão - (Foto: Julia Rodrigues)

Fã do Osasco foi ao Guanandizão ver Camila Brait antes da jogadora se aposentar

Cruzeiro vence Fortaleza e segue na cola dos líderes do Brasileirão

Notícias mais lidas agora

Sesi Bauru e Osasco São Cristóvão disputaram final feminina da Supercopa de Vôlei no Guanandizão

Osasco vence Supercopa de Vôlei por 3 sets a 0 contra Sesi Bauru no Guanandizão

presidentes funesp e federação de volei supercopa

‘Que seja a 1ª de muitas’: presidentes da Funesp e da Federação de Vôlei celebram Supercopa em Campo Grande

Medalhistas olímpicos na quadra e na tribuna: Yeltsin comemora final da Supercopa na Capital

Professor de "La Casa de Papel" e Homens-Aranhas na Supercopa - (Foto: Julia Rodrigues)

Dois homens-aranha e professor de La Casa de Papel roubam a cena no Guanandizão durante a Supercopa de Vôlei

Últimas Notícias

Esportes

Técnico do Osasco, campeão da Supercopa, agradece Campo Grande: ‘dias maravilhosos’

Treinador da equipe de vôlei feminino do Osasco Voleibol Clube e é um dos maiores nomes da história do clube.

Esportes

Vice-campeã olímpica, Camila Brait comemora vencer a última Supercopa em Campo Grande

Brait é vice-campeã olímpica e tem 36 anos

MidiaMAIS

‘Realizadíssima’ e muito fã de vôlei, mãe leva filha de 3 meses para não perder final da Supercopa no Guanandizão

"Tô amando Campo Grande, no interior eu nunca ia ter acesso a um jogo desse", afirmou Mariane

Esportes

Ovacionada, Tifanny Abreu comemora início de temporada com vitória em Campo Grande

'Precisamos de um time forte e é esse o time que estamos projetando', disse