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Cotidiano

‘O mais difícil é não conseguir se comunicar com os familiares’, diz campo-grandense sobre apagão em Portugal

Bianca vivenciou as horas de dificuldades na região do Porto sem energia elétrica e internet
Karina Campos -
apagão
Bianca ficou 10h sem energia elétrica (Arquivo pessoal)

A campo-grandense Bianca Tobin, que atualmente vive em Portugal, enfrentou horas de preocupação durante o apagão na Europa na segunda-feira (28). Após perceber o desespero dos moradores da região do Porto, com prateleiras e supermercados vazios e sem internet, o alívio só foi possível quando conseguiu falar com os familiares que moram em .

Agora, a situação rende histórias para contar, contudo, a desconexão com o sistema elétrico causou caos no país. Consequentemente, serviços básicos que dependem da eletricidade foram paralisados, como o metrô, bombas de água e semáforos.

Na região onde vive, Bianca ficou sem por 10 horas. Inicialmente, ela acreditou que a queda de luz havia sido local, por volta das 11h30. O namorado a avisou sobre o apagão geral, e foi quando ela achou melhor retornar para casa, aproximadamente 5 km de onde estava.

“Fui descendo as ruas para pegar o ônibus de volta e vi as pessoas mais falantes do que o normal e começando a se agitar. Aí meu namorado me avisou por mensagem de telefone que o apagão tinha sido em Portugal e na . Como não tinha luz, o metrô não funcionava, então fui para um ponto de ônibus. Porém, meu cartão do passe é virtual, e eu não sabia se ia conseguir usar o celular. Pensei em ir andando, pois não era tão longe. Desci até o ponto seguinte, passou um ônibus e o cartão passou também”, relembra.

Prateleiras vazias

O desembarque de Bianca era próximo a um mercado, quando notou o desespero das pessoas tentando estocar comida. As prateleiras ficaram vazias, principalmente de água mineral.

“Muitas pessoas com carrinhos e os caixas lotados; os caixas automáticos desligados. Mas o problema é que não havia dinheiro físico. Tínhamos muito pouco, caso a situação se estendesse, por exemplo, nas 72h que falaram anteriormente, teríamos dificuldades. Voltamos para casa, pois tínhamos água potável e algumas comidas.”

A casa do casal é automatizada com eletricidade, portanto, tudo funciona com energia elétrica. Não foi possível nem ligar o fogão para cozinhar durante o apagão.

“Fizemos alguns lanches básicos no almoço e no jantar. Além da luz, nossa região estava sem água também, creio que por conta da bomba não ter energia. Mas, por precaução, eu tinha algumas garrafas de água guardadas. Os mercados fecharam logo depois, alguns tinham geradores, mas creio que todos encerraram as atividades depois das 17h.”

apagão
Moradores esgotaram alimentos durante o apagão (Bruna Viragino, )

Falta de comunicação

“Saímos de casa por duas vezes no dia para procurar sinal/torre de celular. Na primeira vez, no início da tarde, encontramos e conseguimos avisar aos familiares que estávamos bem. Depois, às 19h, tentamos novamente, mas não conseguimos nenhum sinal, acredito que por já ter mais pessoas conectadas e em casa. O mais difícil foi não conseguir me comunicar direito com os familiares aí no Brasil, mas quando consegui avisá-los à tarde, fiquei tranquila”, conta.

Outra situação atípica que Bianca e o namorado notaram foi o rastro de aviões e a maior frequência na movimentação de aeronaves. Ela ressalta que ouviu barulhos de aviões cruzando o céu. Entretanto, esse fato gerou uma contemplação. “Talvez tenhamos escutado mais por conta do silêncio absoluto ao nosso redor”, descreve.

Um dia incomum

Desde que saiu do compromisso e notou as pessoas mais agitadas com a situação, Bianca conta que o dia foi incomum, dentro dos meses que já vive em Portugal. Ela percebeu que as pessoas estavam adotando hábitos diferentes, como sair mais ao ar livre.

“Muitas pessoas ficaram nas sacadas das casas olhando ou andando com os cachorros, correndo, e vimos um homem fazendo churrasco na sacada. Alguns estavam mais tranquilos e outros mais preocupados. Eu fiquei mais preocupada com a comida da geladeira estragando, então abrimos pouco ela.”

Por fim, a luz retornou gradativamente entre 20h e 23h, sendo pontualmente às 21h24 na casa de Bianca.

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