A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon, em Campo Grande, teve uma quarta-feira (13) crítica, com muitas reclamações de usuários sobre demora para serem atendidos. Muitos relataram horas de espera, o que gerou um clima de indignação, que escalou ao ponto de a GCM (Guarda Civil Municipal) pedir reforço para conter os ânimos no local.
Pacientes que aguardavam atendimento e presenciaram a confusão acionaram o Jornal Midiamax via Fala Povo, o canal de WhatsApp. Assim, a reportagem esteve no local e conversou com alguns pacientes, que aguardavam atendimento desde a manhã.
Alguns relataram longas horas de espera por atendimento, gerando um clima de revolta, que escalou ao ponto de a Guarda Municipal acionar reforço para conter os ânimos no local. Já segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), não havia nenhuma ficha com mais de quatro horas de espera.
Fila de espera
Tatiane Silva, estudante de 27 anos, chegou às 11h com o filho de 6 anos, para atendimento clínico geral, e contou que aguardava ainda 5 horas depois.
Thais Eduarda Escobar da Rocha, por exemplo, relatou que estava na UPA desde as 10h, precisando de um raio-X após cair da escada. “Até agora, nada. Seis horas aqui sentada”, disse ela.
Renata Charão da Silva, de 40 anos, contou que chegou à unidade às 10h15 e foi atendida às 15h50, apenas para que o médico olhasse o raio-X.
Regina Palmira Celestiano, dona de casa, lamentou a falta de um tratamento adequado para seu dedo esmagado na porta do carro. “Tem 15 dias que eu venho e volto só com medicamento e estou quase perdendo o dedo”, contou.
A angústia de uma avó também chamou atenção. Enir Soares, dona de casa, foi chamada na escola para buscar o neto, de 16 anos, que estava passando mal. Ela chegou à UPA há uma hora e encontrou o adolescente “deitado no chão, sofrendo e sem atendimento”.
Marcela, de 38 anos, auxiliar de serviços gerais, chegou às 10h, com tosse, dor no peito, dor nas costas e febre. À tarde, ela ainda aguardava atendimento para o quadro que se agravava. “Cheguei 10 da manhã, com muita tosse, dor no peito, nas costas, febre, e até agora estou esperando por atendimento com clínico”, lamentou.
Escala completa
Em nota, a Sesau afirmou que a UPA Leblon está com a escala médica completa, com 10 profissionais atuando em diversas áreas. A pasta ainda enfatizou que, “conforme o controle da coordenadoria de urgência e emergência, não há nenhuma ficha com mais de quatro horas aguardando por atendimento”.
Nota na íntegra
“A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informa que atualmente a escala médica de plantão da UPA Leblon está completa, com 10 profissionais. Eles estão divididos nas diversas áreas da unidade, como demanda espontânea, observação e urgência, por exemplo. O número de médicos escalados para cada plantão varia de acordo com o histórico de atendimentos observado, onde é possível perceber um número mais de pacientes buscando por consultas na segunda e terça e, em algumas unidades, como é o caso do Leblon, também observa-se esse aumento na quarta-feira.
Sobre o tempo de espera, conforme o controle da coordenadoria de urgência e emergência, não há nenhuma ficha com mais de quatro horas aguardando por atendimento. “
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