A maior parte dos passageiros do Consórcio Guaicurus é composta de trabalhadores a caminho da jornada de trabalho. Na manhã desta quarta-feira (22), com a paralisação dos motoristas, consequentemente, o comércio de Campo Grande sofreu atraso na abertura.
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No Centro, uma loja de calçados teve a abertura, prevista para as 7h, atrasada diante da ausência dos colaboradores. O supervisor da unidade, Bruno Felipe, explica que a paralisação do transporte público atrasou os colaboradores que abrem as portas da loja.
“São sete colaboradores na parte da manhã, funcionários que sempre chegam na hora. O movimento de clientes diminuiu; teve menos pessoas do que geralmente vem de manhã. Comparando com um dia normal, o movimento de clientes hoje diminuiu cerca de 20%”, descreve.

Alternativas
Trabalhadores que dependem do transporte público tiveram de buscar alternativas para chegar ao trabalho, como corridas por aplicativo ou caronas. Este foi o caso da vendedora Maria Ivoneide Alves Pereira Machado.
“Pego ônibus todos os dias para trabalhar. O vizinho comentou: ‘Não tem ônibus hoje’. De qualquer forma, fui para o ponto de ônibus e a linha não passou. Voltei para casa e tive que pedir para meu marido me trazer. Só por isso não cheguei atrasada”.
Em uma farmácia, a gestora e farmacêutica Jéssica Alcântara explica que não houve impacto nas atividades, pois as linhas retornaram à rota por volta das 6h30. Contudo, a administração orientou os funcionários que pagaria a corrida de aplicativo para suprir o problema no transporte público.
Pagamento atrasado motivou o protesto
O presidente do STTCU (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande), Demétrio Freitas, informou que a paralisação dos ônibus, na manhã desta quarta-feira (22), aconteceu em forma de protesto para pressionar o Consórcio Guaicurus a realizar o pagamento do adiantamento de salário. A categoria pode paralisar totalmente na próxima segunda-feira (27).
A paralisação desta manhã terminou por volta das 6h30, com a retomada gradual dos coletivos. Segundo Demétrio, a expectativa é de diálogo com a administração do consórcio sobre uma previsão do pagamento do vale, que estava previsto para segunda-feira (20).
“Hoje não será [paralisação] o dia inteiro. Era um protesto, um movimento, para pressionar o Consórcio Guaicurus a efetuar o pagamento do vale o mais rápido possível. Caso não aconteça, aí, sim, a gente vai deliberar, fazer uma assembleia para uma paralisação total. Aí, sim, seria o dia inteiro”, descreve.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)