A Prefeitura de Campo Grande anunciou nesta segunda-feira (10) a criação de oito projetos e iniciativas com o objetivo de ampliar a rede de proteção às mulheres da cidade. O anúncio é uma tentativa de resposta aos casos recentes de feminicídio e violência contra mulher.
Entre as ações estão a ampliação de oportunidades de emprego e capacitação para esse público, a criação de uma ouvidoria na Casa da Mulher Brasileira, assim como um projeto de restauração odontológica para mulheres vítimas de agressões.
Sem detalhar o início de algumas das iniciativas, a prefeita Adriane Lopes aproveitou a oportunidade para destacar a importância da Casa da Mulher Brasileira.
Ela também reforçou o convite para que as mulheres procurem a Casa em situações de necessidade, vendo o espaço como um lugar seguro.
“Não podemos macular o trabalho feito durante os 10 anos (de existência da Casa da Mulher Brasileira)”, disse Adriane Lopes.
“Foram 10 anos e muitas mulheres tiveram suas vidas resguardadas através de todo o trabalho prestado na Casa. Teve falhas? Teve, mas nós não podemos nos esquecer dos 10 anos em que muitas mulheres foram salvas”, completou a prefeita.
Ainda de acordo com a gestora municipal, a procura por atendimentos dentro da Casa da Mulher aumentou nesses anos, e aponta para a necessidade de investimentos no local.
Conheça os projetos apresentados pela Prefeitura
Ouvidoria da Mulher
Planejada para funcionar na Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande, localizada na Rua Brasília, no Jardim Imá, a Ouvidoria da Mulher será um canal de atendimento que servirá como oportunidade de registrar reclamações, obter apoio e orientação.
Segundo a prefeitura, será um “canal aberto a sugestões, elogios, solicitações de providências e outros.”
Mulheres que desejarem utilizar o serviço podem ligar gratuitamente para o número 156, e serão redirecionadas para o setor de ouvidoria.
Sorrindo Pra Vida
Ainda segundo a prefeitura, o programa vai oferecer atendimento odontológico às mulheres vítimas de violência que ficaram com sequelas físicas odontológicas, como a perda de dentes.
O programa vai funcionar em parceria com universidades e destinará 60 mulheres por semana para atendimento, com prioridade às mulheres vítimas de violência. Outras mulheres poderão se beneficiar do programa caso sobrem vagas.
Ainda não foram fornecidos detalhes sobre o funcionamento deste programa, quando ele começará a operar e de que forma as mulheres poderão se candidatar às vagas.
Outros projetos
- Emprega Mulher: com abertura de um polo da Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande) na sede da Semu (Subsecretaria de Políticas para a Mulher) com um servidor treinado para cadastramento e realizar o encaminhamento.
- Escola de Capacitação para Mulheres: com a criação da Escola de Capacitação para Mulheres, cursos a distância (EAD) e presenciais serão oferecidos em diferentes segmentos para que mulheres tenham desenvolvimento profissional e independência financeira. Para a execução do projeto, R$ 580 mil serão investidos numa parceria com a iniciativa privada e o poder público. Ao todo, serão disponibilizadas 5.500 vagas.
- Mulheres Inclusivas: esse projeto vai oferecer curso de Libras para mulheres com o objetivo de possibilitar a comunicação entre ouvintes e surdos, ministrado pelo primeiro assistente social surdo de Campo Grande, e terceiro do Brasil, Samuel.
- Mulheres Conectadas: o projeto quer promover debates por meio de um podcast, chamado Dando Voz a Elas, com o objetivo de dar voz e valorizar mulheres. O programa também abordará oportunidades e ações da Semu pelo YouTube.
- Empreenda Bem Mulher: curso com duração de 3 semanas com o objetivo de auxiliar mulheres no empreendedorismo por meio de orientação e capacitação. Previsão de início da primeira turma: 26 de março.
- Sala da Mulher Empreendedora: de acordo com a prefeitura, o espaço será implantado em uma parceria do Semu com o Sebrae MS.
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