Nesta terça-feira (14), cerca de 72 horas após o incêndio que devastou mais de dois mil hectares da APA (Área de Proteção Ambiental) Baía Negra, em Ladário, produtores rurais encaram um cenário de destruição causado pelo fogo. Em meio às cinzas e à fumaça, um deles, o senhor Ramão, vistoriou a área que, até então, tinha saído ilesa das queimadas registradas em 2024.
O registro foi compartilhado pela ONG Ecoa nesta manhã. O relato destaca que o pequeno produtor rural do Assentamento 72 estava vistoriando o local. A imagem retrata a intensa fumaça que ainda assola o espaço, além do solo queimado.
Conforme a Ecoa, brigadistas do Prevfogo/Ibama, da brigada Pronto Emprego Pantanal, de Taunay, do Ipegue, da base comunitária da APA e voluntários estiveram no combate ao fogo, que começou no sábado (11). O Corpo de Bombeiros prestou suporte ao assentamento, onde o fogo teria começado.
Serra do Amolar
O incêndio na Serra do Amolar, em Corumbá, completa 17 dias nesta terça-feira. Além das condições climáticas que favorecem a propagação das chamas, a área de combate é de difícil acesso, pois é composta por morros.
Um esquadrão está atuando no combate, uma força-tarefa que envolve brigadistas, a Defesa Civil, o Prevfogo, o Ibama, voluntários e moradores da região.
Conforme o IHP (Instituto Homem Pantaneiro), o fogo já consumiu mais de 21 mil hectares. O índice de propagação segue na força de 187 hectares por hora. A região enfrenta ventos acima de 40 km/h e altas temperaturas.
No total, são 30 brigadistas atuando em conjunto para combater várias frentes de fogo, sendo 13 do IHP, outros sete da Brigada Uberaba e 10 do Prevfogo de Corumbá. Além disso, um helicóptero do Prevfogo/Ibama está dando apoio diário, e duas aeronaves da Defesa Civil Estadual também auxiliam na dispersão de água. Ainda não há previsão para o fim dos trabalhos.
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(Revisão: Bianca Iglesias)
