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Cotidiano

Protesto em Campo Grande pressiona vereadores por abertura de CPI sobre transporte coletivo

Requerimento da CPI está em revisão final e foca no cumprimento do contrato
Osvaldo Sato -
(Helder Carvalho, Jornal Midiamax)

Na noite de quarta-feira (19), um protesto organizado por quatro organizações de , reuniu manifestantes em um dos pontos de ônibus da Praça Ary Coelho, a fim de pressionar vereadores a assinarem a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

A CPI proposta quer investigar a concessão do ao Consórcio Guaicurus, que atualmente opera o serviço no município.

O movimento, articulado pelo Coletivo Linha Popular e apoiado pelo Ligados no Transporte, a Unidade Popular e a União da Juventude Comunista (UJC), demonstra sua insatisfação com a qualidade do transporte coletivo e o aumento recente da tarifa, que, segundo os manifestantes, são “prejudiciais ao povo campo-grandense”.

Douglas, militante da Unidade Popular pelo Socialismo e representante do Coletivo Linha Popular, explicou a mobilização é uma continuidade das últimas lutas contra o aumento das passagens.

“Contudo, entendemos que a raiz do problema está na concessão privada do transporte. O Consórcio Guaicurus, ao lucrar com o transporte público, prejudica os usuários com um serviço precário, ao mesmo tempo em que é favorecido pela isenção de impostos e subsídios da Prefeitura de Campo Grande. Precisamos pressionar pela criação da CPI para investigar as falhas no contrato e o não cumprimento das obrigações estabelecidas na concessão”, afirmou.

Além de exigir a revogação do aumento das tarifas, como nas manifestações anteriores, o coletivo reivindica a abertura de uma CPI para investigar o cumprimento do contrato do transporte coletivo e possíveis fraudes no serviço. Os manifestantes defendem também o fim da concessão privada do transporte, argumentando que a gestão pública poderia garantir um serviço de melhor qualidade e a gratuidade para a população.

A professora Maria Bernadette, que também participou do evento, compartilhou suas razões para aderir à causa.

“O transporte urbano é essencial para as pessoas. Não importa o tamanho da cidade, ele deve ser acessível e de qualidade. Acredito que o transporte público deveria voltar para as mãos do serviço público, da prefeitura, pois não pode ser tratado como um negócio lucrativo. O serviço atualmente oferecido é de baixa qualidade e não é cobrado adequadamente dos prestadores, prejudicando diretamente os usuários”, disse a professora.

Críticas são de que serviço seria caro e mal prestado (Foto: Helder Carvalho)

Requerimento da CPI foca no cumprimento do contrato

A CPI do Consórcio Guaicurus está em processo de revisão final, para investigar o descumprimento do contrato de concessão pelo Consórcio, responsável pelo transporte coletivo em Campo Grande.

O vereador Júnior Coringa (MDB), autor do requerimento, destaca que há violação das cláusulas contratuais, como frota sucateada, atrasos, superlotação e falta de conforto para os usuários. Além disso, há indícios de possíveis crimes administrativos, como superfaturamento nas tarifas e falta de eficiência no serviço.

A proposta de CPI visa investigar essas irregularidades e determinar se houve prejuízo contratual, podendo até levar à extinção da concessão.

No passado, tentativas de criação de CPIs para investigar o Consórcio Guaicurus foram engavetadas, mas o cenário de problemas no transporte coletivo e ações judiciais contra o aumento das tarifas reacenderam o debate.

A proposta de CPI precisa de apoio de pelo menos 10 vereadores para ser instaurada.

Grupo ‘fechou’ terminal contra reajuste

Manifestantes protestam contra ajuste de R$ 0,20 (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Usuários do transporte coletivo de Campo Grande realizaram uma manifestação no Terminal Morenão, no dia 29 de janeiro, contra o aumento de R$ 0,20 na tarifa. O protesto também exige melhorias no serviço, com a revogação do reajuste e a estatização do transporte público.

Manifestantes criticaram a qualidade do serviço oferecido pelo Consórcio Guaicurus, que há anos é acusado de exploração e descaso com a população. Entre as queixas estão os ônibus velhos, lotados, e com problemas de acessibilidade e segurança.

A professora Rebeca Borges destacou que o contrato com o Consórcio não está sendo cumprido, enquanto os usuários continuam pagando tarifas altas por um serviço precário. O trabalhador Du Mato, por sua vez, considerou o aumento “imoral” e destacou que a tarifa compromete a renda dos trabalhadores, que já enfrentam dificuldades devido à qualidade do transporte.

A Prefeitura de Campo Grande aumentou a tarifa para R$ 4,95, após uma determinação judicial, resultando em um reajuste de 3,51%.

Apesar dos lucros bilionários do Consórcio Guaicurus, uma auditoria revelou que a qualidade do serviço não melhorou, com ônibus envelhecendo e o número de veículos nas ruas diminuindo, apesar da significativa. O protesto também cobra a revogação do aumento e melhorias significativas na infraestrutura do transporte público.

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