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Cotidiano

Santa Casa fecha, sobrecarrega UPAs de Campo Grande e pacientes aguardam por horas

UPAs estão lotadas de pacientes que precisam de vaga em hospital, mas não têm previsão de transferência
Priscilla Peres, Jennifer Ribeiro -
UPA Coronel Antonino (Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

vive dias de caos na saúde. Por falta de insumos e superlotação, a Santa Casa decidiu fechar às portas para novos pacientes, com isso, as unidades de saúde básica estão lotadas. Nas Upas, há pacientes nos corredores, aguardando horas por atendimento e sem previsão de transferência.

Na a manhã desta quarta-feira (26) é um reflexo da saúde de Campo Grande. Lotado de gente, mais de 20 pacientes em estado grave aguardando vaga em hospital, macas nos corredores e horas de espera.

Na unidade, a emergência e a ala amarela estão lotadas de pacientes em situação mais grave, mas não há previsão de transferência. A Santa Casa parou de receber novos pacientes nesta semana, devido à superlotação e falta de insumos para cirurgias, com isso, não há leitos hospitalares disponíveis em Campo Grande.

Entre os casos mais graves, há pacientes com síndrome respiratória, fraturas, crises de vesícula e outros. Uma mulher com crise de vesícula chegou na Upa às 21h de ontem e aguardou 12 horas por atendimento.
O quadro médico da unidade está completo, mas lotado de novos pacientes.

Um dos agravantes é a chegada do outono e, com ele, o aumento de circulação de vírus respiratórios. A recomendação é de evitar levar crianças pequenas em unidades de saúde, devido à grande circulação de vírus no local.

Sesau orienta sobre atendimento

Em nota, a Secretaria de Saúde de Campo Grande afirma que além da questão da Santa Casa, os hospitais da rede estadual também registram alto volume de atendimento, agravada pelo aumento expressivo de casos de doenças respiratórias, o que impacta diretamente a demanda por leitos e atendimentos de urgência em Campo Grande.

Para evitar muito tempo de espera, a recomendação é procurar o atendimento adequado conforme a gravidade do caso. Pacientes com casos mais graves (classificação amarela), que necessitam de atendimento urgente, devem se dirigir a uma unidade de saúde 24h, como os Centros de Regulação de Serviços (CRS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

Já os casos leves (classificação azul e verde), como sintomas gripais leves e pequenas queixas de saúde, podem ser atendidos nas Unidades de Saúde da Família (USFs), por demanda espontânea.

Faltam leitos em MS

É só chegar na segunda quinzena de março, que o caos toma conta da saúde de Mato Grosso do Sul. Unidades de saúde lotadas, pacientes esperando vagas em hospitais, em UTI, plano de contingência e colapso na saúde. O cenário é bem conhecido dos profissionais por ser sazonal, mas o cerne do problema é o mesmo: faltam leitos hospitalares.

A realidade é que existe apenas um leito em hospital para cada 607 pessoas em Mato Grosso do Sul. Bem longe do recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), de 3 a 5 leitos para cada mil habitantes. Conforme dados do Ministério da Saúde, são 6.690 leitos existentes em todo o Estado, dos quais 4.556 leitos são de atendimento público, via SUS.

Há anos, especialistas afirmam que o grande problema é a falta de hospital público municipal em Campo Grande, já que a demanda da Capital ‘disputa’ espaço com pacientes do interior na Santa Casa, Hospital Regional e Hospital Universitário. Assim, as unidades de saúde (UPAs e CRS) acabam sendo alternativas.

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