O mistério continua e ainda intriga os envolvidos no que foi considerada a maior operação de busca por uma pessoa desaparecida, em Mato Grosso do Sul. Três anos depois, as forças de segurança amargam várias suposições e seguem – sem um vestígio sequer – de que Tânia Bonamigo, de 62 anos, esteve na trilha da cachoeira Los Pagos, em São Gabriel do Oeste, a 137 km de Campo Grande.
Na ocasião, desde a notícia do sumiço, a operação envolveu dezenas de bombeiros militares, além de quatro cães de busca em operação: Laika, Mali, Sindi e Reski, animais que, inclusive, atuaram em grandes desastres do país, como os casos do rompimento da barragem de Brumadinho, enchente com mais de 240 mortos em Petrópolis e, mais recentemente, a tragédia no Rio Grande do Sul.
O caso segue como mistério. E, como se trata de uma família influente, os envolvidos explicam que chegaram várias suposições ao longo dos três últimos anos, inclusive foi feito até um relatório informal, que o Jornal Midiamax teve acesso.
“Mas, não convém a nós, bombeiros militares, adentrar nessa seara, já que nos atentamos a questões técnicas da operação de busca e, infelizmente, não encontramos nenhum vestígio dela no local”, afirmou o sargento Thiago Kalunga, especialista em buscas por pessoa desaparecida.
‘Ninguém viu nada’: trilheiros continuam a passar pelo local
Conforme Kalunga, drones e helicópteros também foram utilizados durante 30 dias, mas, sem êxito na ocorrência.
“Houve todo um aparato de militares, equipamentos, até de outras forças de segurança pública e, mesmo assim, naquele local, não teve nenhum vestígio de que ela esteve lá e até hoje ninguém viu nada. É um local com bastante visitação, mesmo sendo propriedade particular, possui trilhas e, se tivesse alguém pela região, em algum momento teria encontrado. E não é tão grande assim, diferente de um sumiço no Pantanal, por exemplo”, opinou.
O sargento argumenta que recursos como acionar um especialista em altura, aeronave tripulada e remotamente tripulada também fizeram parte da operação. “Fica a incógnita, mas, temos a consciência de que fizemos um bom trabalho de varredura na área”, ressaltou o profissional, que completa 20 anos na corporação em 2025.
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