Taxistas de Campo Grande bloquearam no início da noite desta sexta-feira (25), parte da faixa de embarque e desembarque do Aeroporto Internacional da Capital, em protesto contra a atuação de uma empresa privada contratada pela Aena. O grupo, mobilizado pelo presidente do sindicato da categoria, Flávio Panissa, contesta o uso da área exclusiva para táxis por motoristas vinculados à nova contratada.
Segundo Panissa, a empresa passou a operar nesta sexta e, de imediato, ocupou as vagas reservadas aos taxistas com veículos de placa branca, como se prestassem serviço de táxi – o que é proibido por lei.
“Não somos contra eles trabalharem, mas não podem atuar como se fossem táxis. Transporte por aplicativo ou privado é por chamada, não pode ficar parado em ponto fixo”, explicou.
A faixa em questão é gerida pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), e, de acordo com os taxistas, está sendo usada de forma irregular. Embora a Aena tenha licitado espaço para a empresa, o acordo previa atendimento interno e veículos apenas para embarque e desembarque rápido.
Com cerca de 40 taxistas mobilizados, o grupo estacionou seus carros de forma estratégica para bloquear os veículos da empresa, impedindo entrada e saída. “É um protesto pacífico, mas queremos que a prefeitura se posicione. Estão desviando a finalidade do serviço”, afirmou o presidente.
A Polícia Militar chegou a passar pelo local, mas não interveio. Não houve registro de confronto ou confusão, e o protesto segue comprometendo parcialmente o fluxo de veículos na área externa do terminal. “Está em fila dupla, mas passam carros”, comentou Panissa.
Os taxistas devem permanecer no local até que haja alguma definição por parte das autoridades.
O que diz a Aena?
Ao Midiamax, a Aena, concessionária responsável pelo Aeroporto de Campo Grande, informou que a empresa CGR Campo Grande, contratada para atuar no local, atende a todos os requisitos legais para a prestação do serviço de transporte por aplicativo.
A concessionária não esclareceu se o acordo firmado prevê o uso do espaço em contrariedade às operações dos táxis já autorizados.
Diante da manifestação dos taxistas, a Aena informou ter acionado as autoridades competentes para garantir a fluidez do trânsito nas vias de acesso ao terminal, reforçando que não houve impacto nas operações aeroportuárias.
