O Corpo de Bombeiros utilizou dois caminhões ABT (Auto Bomba Tanque) para conter as chamas do incêndio que atingiu grande área de vegetação no bairro São Francisco, na tarde desta quarta-feira (10). Ao todo, 7 mil litros de água foram usados no combate.
Segundo os militares, estima-se que a área atingida pelo fogo tenha 10 mil metros quadrados de extensão.
O muro de dois comércios e de uma residência foi atingido pelas chamas, que se concentraram em um terreno particular localizado na Rua Rui Barbosa, no cruzamento com a Rua Júlio Dittmar.
Inicialmente, as informações eram de que o fogo atingia área localizada na Rua Rachid Neder.
Ao Jornal Midiamax, a moradora da região Margarida Francisca Rodrigues, de 62 anos, conta que os incêndios no local são recorrentes.
“Quando eu mudei pra cá, esse terreno aqui mantinha uma limpeza, era superlimpo, tinha vigilante, tudo bem cuidado, eles não deixavam os dependentes químicos entrarem. Daí, passou um tempo, acho que um ano, mais ou menos, eles venderam, e então cresceu esse mato”, relata.
“Acho que faz uns 15 dias que foi colocado fogo, mas o fogo não conseguiu chegar até aqui. Só que, dessa vez, chegou. A gente não sabe quem é o dono, e essa área está toda abandonada, virou um lixão. Tem um lixão e tem os dependentes químicos ali do lado”, completa a moradora.
Com medo dos incêndios recorrentes, Margarida está em busca até mesmo de fazer um seguro para sua casa. “Eu até liguei pra fazer um seguro da minha casa, né? E hoje o moço ligou. Eu falei: ‘E aí, você já providenciou o seguro?’ Ele falou: ‘Estou fazendo uma cotação'”, explica.
“Ninguém cuida, não sei quem é o dono, então tenho que me prevenir, né?”, finaliza a moradora.
Circunstâncias
Os indícios, conforme os bombeiros, são de que as chamas começaram nos fundos do terreno e rapidamente se espalharam.
Um morador chegou a lançar uma mangueira de água para tentar ajudar na contenção das chamas.
Apesar do fogo ter chegado ao muro dos comércios e da residência, ele não se alastrou ou invadiu os imóveis e não danificou a estrutura de nenhuma das construções.
Agora, o Corpo de Bombeiros atua no rescaldo da área, para evitar que as chamas retornem e voltem a queimar a vegetação no local.
É importante frisar que Campo Grande está sob efeito de baixa umidade relativa do ar. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o índice pode variar entre 20% e 12% nesta quarta-feira, o que representa sinal de perigo para a saúde humana e aumenta o risco de incêndios.
Outro caso
Na mesma região, outro incêndio de grandes proporções se alastrou pelo matagal de um terreno localizado na Rua do Seminário, no bairro Vila Leda, em Campo Grande, no último dia 23 de agosto. Segundo relatos de testemunhas, a fumaça se espalhou pela região, chegando a atingir até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, a 2,2 quilômetros do foco do incêndio.
Conforme apurado pela reportagem, a fumaça se propagou pelas avenidas Heráclito Diniz de Figueiredo e Ernesto Geisel, além de atingir bairros da região, incluindo o Otávio Pécora e o Monte Castelo.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)