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Consumidor

No Brasil, comandante da GM diz que escândalo de recalls ‘ficou para trás’

“Isso ficou para trás”, disse a presidente mundial da General Motors, Mary Barra, ao comentar, na última sexta-feira (15), em São Caetano do Sul (SP), o escândalo dos carros defeituosos nos Estados Unidos, que ganhou repercussão mundial e fez da montadora um alvo de ferozes críticas pela demora em solucionar o problema, relacionado a 13 […]
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“Isso ficou para trás”, disse a presidente mundial da General Motors, Mary Barra, ao comentar, na última sexta-feira (15), em São Caetano do Sul (SP), o escândalo dos carros defeituosos nos Estados Unidos, que ganhou repercussão mundial e fez da montadora um alvo de ferozes críticas pela demora em solucionar o problema, relacionado a 13 mortes.

O Brasil foi o primeiro país fora dos EUA em que a executiva falou sobre o assunto desde que o caso estourou, em fevereiro passado, um mês após Mary assumir o cargo. Na época, a GM convocou o primeiro para corrigir o problema na ignição, que fazia os veículos desligarem “do nada”. Mas a montadora foi acusada de saber da falha há anos.

Em junho, após uma investigação interna, a CEO anunciou à imprensa americana a demissão de 15 funcionários, entre executivos e advogados. E usou termos como “incompetência” e “negligência” ao reconhecer a lentidão da empresa para solucionar a falha.

Novos recalls foram convocados, superando 15 milhões de veículos -nenhum vendido no Brasil. Ações correm na Justiça americana e o caso também é investigado pelo governo, que já determinou à montadora o pagamento de uma multa recorde de US$ 35 milhões.

Na sede da GM do Brasil, a CEO afirmou que o grave episódio gerou “um aprendizado valioso”, mas que agora pretende olhar para frente, embasada em uma série de medidas adotadas para que ele jamais se repita. “Se houver problemas, vamos corrigir: se surgirem na próxima terça-feira ou daqui a anos, vamos corrigir”, prometeu.

Próximos lançamentos

Mary também falou de futuro ao comentar o investimento de R$ 6,5 bilhões no Brasil, anunciado um dia antes. “É preciso olhar além do horizonte”, disse, ao ser questionada sobre o momento de queda nas vendas de veículos no país. A GM também decidiu apostar na seleção brasileira, após o fracasso na Copa: o contrato de cinco anos de patrocínio foi a única novidade anunciada nesta sexta.

Também ao longo de cinco anos serão investidos os R$ 6,5 bilhões, que dão sequência ao ciclo anterior, de mesma duração, quando foram empregados R$ 5,7 bilhões na renovação quase total dos carros que a montadora oferece sob a marca Chevrolet.

Perguntada sobre futuros lançamentos, a presidente limitou-se a dizer que o investimento será feito em tecnologias para economia de combustível e de inovação, além de atualizações de modelos existentes e carros inéditos. Mas não deu “nome aos bois”. “Não vamos fazer nenhum anúncio específico (de novo carro) hoje”, repetiu algumas vezes.

A montadora não confirmou nem se o plano de produzir no Brasil um automóvel que custe até R$ 30 mil, revelado no início do ano, está incluído nesses R$ 6,5 bilhões. O presidente da GM América do Sul, Jaime Ardila, respondeu apenas: “Vamos abandonar o segmento (de entrada)? Não.”

Surpresa no Brasil

Mary assume que se surpreendeu com o consumidor brasileiro. “Não esperávamos que o My Link seria tão procurado”, afirmou, citando o sistema comandado por meio de uma tela colorida e sensível ao toque, que permite fazer chamada telefônica sem manusear o celular e acessar aplicativos como rádios online e mapas.

Segundo o da GM do Brasil, Marcos Munhoz, 84% dos carros vendidos pela Chevrolet no país saem com o sistema. No mercado brasileiro, esse item ainda é restrito a modelos mais caros, e a montadora inovou ao oferecê-lo em automóveis de segmentos mais volumosos, como Onix e Prisma, onde o My Link é um opcional.

Com ele, o hatch sai por R$ 40 mil. Para entrar na briga, a Ford também adotou a conectividade nas versões mais caras do recém-lançado Ka, na mesma faixa de preço.

Barra admite que o preço dos carros ainda é um desafio no Brasil, e também no mundo. “Isso será levado em conta na decisão de compra dos jovens”, apontou, ao falar sobre o futuro da indústria e pesquisas publicadas no exterior que apontam o desinteresse das novas gerações em ter um carro próprio.

“Os jovens da minha geração queriam liberdade e poder se conectar com os amigos, e o carro servia para isso”, lembra a mãe de dois filhos adolescentes. “Hoje os jovens têm isso no smartphone. Mas não quer dizer que não vão comprar (carros). Possivelmente, essa compra será adiada.”

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