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Consumidor

Mercados apostam em embalagens menores e até em produtos ‘transformados’ para não perder clientes em Campo Grande

Pandemia provocou mudanças no consumo e na fabricação dos produtos
Thalya Godoy -
rótulos
Consumidor deve estar atento aos rótulos (Foto: Marcos Ermínio/ Jornal Midiamax)

A inflação corroeu o poder de compra da população nos últimos anos, impulsionada pela de Covid-19. O (Índice de Preços ao Amplo), considerado a referência para a inflação no país, atingiu 11,89% no acumulado dos últimos 12 meses.

A partir disso, as marcas de diversos produtos se reinventaram durante a pandemia para manter as vendas, em fenômeno que é claramente observado nas gôndolas de mercados e supermercados de : produtos menores ou até mesmo com a composição alterada para manter o preço e, assim, não perder clientes.

Isso tem nome: reduflação. A prática é uma combinação das palavras redução e inflação e indicam, refletem, portanto, o achatamento do poder de compra dos consumidores, associado ao aumento dos preços. É o caso de um refrigerante, por exemplo, que teve a quantidade diminuída, mas o preço mantido. Já viu isso por aí?

Conforme explica o gerente de um supermercado no bairro Piratininga, Neriel Rodrigues, com a pandemia, as marcas passaram a reduzir o tamanho dos produtos para tentar manter o mesmo preço e o volume de vendas. O achocolatado em pó da Nestlé saiu de 1 kg para 800 gramas ao custo de R$ 7,99 e agora pesa 730 gramas no valor de R$ 11,98.

Na linha de limpeza, os produtos também são mais leves em comparação com dois anos atrás. O sabão em pó da marca Omo saiu de 1 kg para 800 gramas. Na avaliação do gerente, a estratégia deu certo, pois o produto continua a ser líder em vendas, mesmo que os consumidores não notem as diferenças.

“Quiboa é água sanitária e é uma marca consolidada, assim como leite condensado Moça e o Leite Ninho”, avalia.

Outra estratégia adotada pelas marcas para manter o volume de vendas foi mudar a fórmula dos produtos para baratear na fabricação, como o leite que agora divide espaço com as bebidas e compostos lácteos, feitos com soro, açúcar e gordura vegetal.

Embalagens dos produtos diminuíram ao longo da pandemia. (Foto: Marcos Ermínio/ Midiamax)

Mesmo com a mudança, nem sempre os consumidores estão atentos às diferenças. A servidora pública Marilene Pereira não sabia que o Leite Ninho que compra mensalmente é agora um composto lácteo e não mais leite integral. A única diferença que percebeu foi que o preço subiu de R$ 15,90 no mês passado para R$ 18,90 em agosto.

Marilene diz que se mantém fiel em algumas marcas para leite e café, por exemplo, e que não nota a redução da quantidade nos produtos quando mudam. “Com a pressa do dia a dia eu tenho essa falha”, reconhece.

Segundo o presidente da AMAS (Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados), Denyson Prado, o volume de vendas dos estabelecimentos caiu, mas o faturamento se manteve. Ele afirma que há público para todos os produtos e o que mudou foi que os consumidores migraram de uma marca para outra.

“Na pandemia houve mudanças de consumo, o poder de compra diminuiu devido à inflação e combustíveis. Uma série de motivos impactou nos preços”, conclui.

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