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Economia

Empresários sobem preço do combustível e prometem aumento maior em janeiro

Preço varia de R$ 3,23 a R$ 3,59 e clientes partem para pesquisa
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Preço varia de R$ 3,23 a R$ 3,59 e clientes partem para pesquisa

Quem abasteceu veículo neste sábado (19) já percebeu uma diferença do preço de ontem para hoje. Os postos de voltaram a reajustar o preço e deram notícia ainda pior para a reportagem: preço deve subir ainda mais a partir de janeiro. Procurados pela reportagem, os gerentes culparam o governo, dando continuidade a uma novela com capítulos amargos só para o contribuinte.

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) chegou a reduzir a alíquota de ICMS do diesel de 17% para 12% com promessa de empresários baixarem o combustível na bomba, mas isso não aconteceu. Agora o governo prometeu voltar a alíquota normal em 2016 e pode ser a explicação para esta ameaça de combustível ainda mais caro.

Com o preço da gasolina nas alturas, os campo-grandenses estão dando um ‘jeitinho’ para minimizar os gastos com o transporte. Muitos estão diminuindo as saídas, andando de moto ou tentando um meio alternativo para tentar não impactar no orçamento doméstico.

Na manhã deste sábado (19) muitos motoristas levaram um susto na hora que foram abastecer o tanque dos seus veículos. A gasolina que era vendida até ontem a R$ 3,19, em média, neste sábado é encontrada até a R$ 3,59. Dois gerentes de postos de combustíveis colocaram a culpa no governo, culpando o aumento da pauta fiscal.

 Segundo o gerente Luiz Alberto Calebso, os postos estão em ‘guerra dos preços’ e se a concorrência não abaixar o valor ficará difícil para a empresa segurar por muito tempo o valor. “Aqui na região ficamos brigando para manter o preço acessível, mas se o posto concorrente não baixar o preço também não temos como segurar por muito tempo o valor e o aumento quem paga é o consumidor”, relata. Já para Roberto Ferraz, gerente de um dos mais caros da Capital, com valor da gasolina a R$ 3,59, o preço foi reajustado devido ao valor que foi repassado na pauta.

Preocupado com o preço alto, o analista técnico Rudson Valentim Correia, 30 anos, faz uma antes de abastecer e agora com esse novo aumento vai intensificar a busca por promoções. “Está cada dia mais difícil encher o tanque do carro porque o preço da gasolina está muito cara e a pesquisa é que nos ajuda a economizar um pouco”, conta.

A assistente de cadastro Ana Cristina Montenegro, 41 anos, entende que a solução é não andar todos os dias de carro para tentar economizar. “Eu nem sabia que teve um novo aumento, mas costumo abastecer neste posto porque é um dos mais baratos da cidade. Agora vou revezar com meu filho para um dia andar de carro e no outro de moto”, explica.

Fagner Elias da Costa, 29 anos, técnico de antenas, também avalia que a pesquisa é a melhor saída para o consumidor que pretende economizar. “Na maioria das vezes eu pesquiso e agora com esse novo reajuste que vou continuar pesquisando mesmo. Vou abastecer onde estiver mais barato, porque centavos fazem muita diferença no fim do mês no nosso orçamento”, defendeu.

O preço da gasolina mais barata encontrada pela equipe de reportagem do Jornal Midiamax foi a do Posto Acácia, na Rua Rui Barbosa, no Centro, com o litro a R$ 3,23. Também se destaca o Posto Guen, na Avenida Fernando Correa da Costa, Vila Fontoura, com o combustível por R$ 3,24. Completam a lista o Posto Vitória, na Mascarenhas de Moraes, no Monte Castelo, com gasolina por R$ 3,49 e o Posto Nipobras, no Vila Nasser, com o combustível mais caro, por R$ 3,59.

Outro lado

O secretário de Fazenda do Estado, Marcio Monteiro, critica empresários e desmente versão: “O comerciante quer pagar sobre R$ 3 e vender a R$ 3,20. Por exemplo, nós cobramos os 12% do ICMS do álcool sobre R$ 2,48, mas há comerciante vendendo a R$ 2,80. Isso mostra que tem R$ 0,32 que ele está usando para aumentar a margem de lucro ao mesmo tempo em que deixa de pagar imposto sobre esse valor. Querem vender a mais do que a pauta”, acusou.

De acordo com o tucano, quem determina o preço ao consumidor é o dono do posto de gasolina. O que houve, explica, foi uma atualização da pauta, ou seja, dos valores cobrados pelos empresários dos consumidores finais. A alíquota do ICMS cobrado no Mato Grosso do Sul continua a mesma: 25% sobre a gasolina e álcool, 12% sobre o diesel e GLP.

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