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Economia

Dólar tem maior alta desde novembro e fecha em R$ 4,72 por tensão com petróleo

A segunda-feira foi marcada por forte estresse no mercado financeiro mundial e o dólar teve a maior alta porcentual desde 6 de novembro do ano passado, quando subiu 2,2% por conta da frustração com o leilão do pré-sal. A divisa dos Estados Unidos fechou em novo recorde histórico em meio à onda de fuga do […]
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A segunda-feira foi marcada por forte estresse no mercado financeiro mundial e o dólar teve a maior alta porcentual desde 6 de novembro do ano passado, quando subiu 2,2% por conta da frustração com o leilão do pré-sal. A divisa dos Estados Unidos fechou em novo recorde histórico em meio à onda de fuga do risco causada pela decisão da Arábia Saudita de reduzir preços e aumentar a produção do petróleo. Para profissionais de câmbio, o dólar só não disparou mais hoje aqui porque o injetou US$ 3,5 bilhões no mercado de câmbio, em duas vendas de moeda à vista, tipo de leilão que não fazia desde dezembro do ano passado. No mercado à vista, o dólar fechou com alta 1,95%, R$ 4,7243 após encostar em R$ 4,80 na máxima do dia.

O dólar acumula alta de 18% ante o real no ano, mas nesta segunda-feira, 9, o rublo da Rússia passou a ser a moeda com pior desempenho ante o dólar, que sobe 21% no país. Só hoje, a divisa dos EUA disparou mais de 9% no mercado russo. Em outros mercados, avançou 6% na Colômbia, 5% no e 3,2% na África do Sul. Para um diretor de tesouraria, a evidência que o BC teve sucesso hoje foi justamente este comportamento de outras moedas emergentes, que despencaram ante o dólar. Ao contrário do que aconteceu em vários pregões recentes, o real não ficou com o pior desempenho, observa ele.

O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Bruno Serra, ressaltou em evento hoje em que o câmbio tem tido comportamento “disfuncional” e prometeu que as intervenções no mercado cambial durarão o tempo “que for necessário” para funcionamento regular do mercado de câmbio.

A piora do câmbio hoje foi marcada por forte deterioração do risco-Brasil, medido pelo Credit Default Swap (CDS) de cinco anos, que subiu de 144 pontos na sexta-feira para 207 nesta tarde. Com isso, atingiu pela primeira vez no governo de Jair Bolsonaro a marca de 200 pontos.

Na avaliação do chefe da mesa de câmbio da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, o clima de tensão no mercado financeiro mundial fez os investidores retirarem recursos de emergentes, o que pressionou suas moedas. Aqui, o Ibovespa atingiu o circuit breaker logo pela manhã, quando o principal índice de ações brasileiro despencava 10%. O Ibovespa seguiu em queda pela tarde, chegando a perder 12%, a pior perda em quase 22 anos. O reflexo da fuga de recursos dos emergentes é o fortalecimento do dólar, com o dinheiro buscando refúgio nos títulos do Tesouro americano. Com a forte procura, o retorno (yield) do papel de 10 anos bateu em inéditos 0,37% hoje.

O BC tem “muita munição”, incluindo “um grande baú” de elevadas reservas internacionais, para lidar com piora adicional do câmbio, avalia o estrategista de moedas do banco de investimento americano Brown Brothers Harriman (BBH), Ilan Solot. Com esta munição, ele avalia que se o BC quiser de fato segurar a disparada do dólar, ele será eficaz no curto prazo.

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