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Economia

Comércio do Centro tem movimento maior, mas lojistas migram para o bairro em Campo Grande

Com cenário pouco vantajoso no Centro, bairros tornaram-se fortes zonas comerciais
Clayton Neves -
Comércio de utilidades na Rua da Divisão, em Campo Grande. (Foto: Nathália Alcântara)

Passado o período de e , representantes do de apontam melhora no desempenho de vendas no comparativo com os últimos dois anos. Com ritmo voltando à normalidade, o setor ainda identificou nova realidade no comércio da Capital, com descentralização de vendas no Centro, com abertura de novas e consolidadas zonas comerciais nos bairros.

Balanço das vendas de fim de ano ainda não foi finalizado, no entanto, o presidente da Fecomércio-MS, Edison Ferreira de Araújo, antecipa que a performance superou a realidade crítica trazida pela pandemia da covid-19.

“A situação deu uma melhorada e conseguimos recuperar valores perdidos com a pandemia. Acredito que o incentivo de R$ 600, tanto do Governo Estadual quanto do Federal, também conseguiu esquentar um pouco a atividade porque esse dinheiro circulou no comércio”, comenta. 

No entanto, assim como a maioria dos representantes da categoria, Edison aponta para fortalecimento do comércio dos bairros, com cenário pouco vantajoso na região central. “Tivemos muitos comércios fechados no Centro, mas a maioria migrou para os bairros, onde lojistas encontram mais condições de fazer negócio, com aluguéis mais baratos e trabalhando perto do trabalho, reduzindo até gasto com transporte”, detalha. 

Comércio noturno no Bairro Parati. (Foto: Nathália Alcântara)

Presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), Adelaido Vila mantém o diagnóstico. Segundo ele, o processo de fortalecimento do comércio do bairro, já identificado em Campo Grande, é movimento mundial. 

“Hoje em dia as pessoas estão sem tempo e acabam optando pelo comércio perto de casa, além disso, a tecnologia restringiu esse prazo ainda mais. A gente estima entre 15 e 20 minutos o tempo que sobra para que o consumidor invista no fazer compras”, explica. 

Adelaido aponta ainda situações que desestimulam empresários a manter lojas no Centro, como exemplo, cita prédios velhos, com estruturas ultrapassadas e aluguel caro. “Também existe uma série de regramentos que não existe no bairro”, detalha. 

Da 13 de Maio para o Bairro Zé Pereira

Empresário da área de cosméticos, Frank Rossatte é retrato da nova realidade do comércio campo-grandense. Quatro anos após inaugurar uma loja na Rua 13 de Maio, decidiu levar o negócio para o Bairro Zé Pereira, onde a mãe já tem uma loja. 

“No bairro meus custos vão ser de apenas um terço do que gasto no Centro, fora que a área central é insegura, existem muitos assaltos. Por isso, esperei para aproveitar as vendas de Natal e Ano Novo e decidi fechar”, comenta. 

De acordo com o empresário, a queda no movimento, especialmente no pós-pandemia, também deu peso para a decisão. “No sábado, depois das 12h, o movimento acabava, diferente do bairro onde as pessoas estão chegando do serviço ou estão em casa e não querem se locomover a uma grande distância. No domingo a mesma coisa, tem muita gente circulando”, completa.

Comércio digital

Na era das compras digitais, o presidente da Câmara Lojista alerta para a necessidade de que empresários se rendam às vendas via internet, método que ainda não é consenso em Campo Grande.

“Os lojistas precisam entender que ponto bom é ponto fora do balcão. É preciso se reinventar e levar os produtos para o balcão virtual, entendendo que, muitas vezes, a jornada de compra começa no virtual para então ir para o físico. Muitos empresários têm resistência a isso, mas vivemos no mundo digital. Uma coisa não substitui a outra, elas se complementam”, finaliza.

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