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Economia

Na esperança de ver preço subir, produtores de MS estocam soja e ‘torcem contra’ safra dos EUA

Atingir recordes de produção de soja tem seu lado negativo. Com maior oferta do grão no mercado, preço pago ao produtor cai e alternativa é estocar a soja
Priscilla Peres -
Colheita da soja realizada em Rio Brilhante, em fevereiro. (Foto: Aprosoja/MS)

Na safra de de 2020/2021, a saca de 60 kg chegou a ser comercializada por R$ 200 no Brasil. Um recorde histórico para o setor e que só foi possível em consequência da quebra das safras brasileira, argentina e americana. Com um cenário totalmente diferente, produtores estocam grãos na esperança de ver os preços voltarem a subir.

Atualmente a saca de soja é vendida por R$ 120, em média, no Mato Grosso do Sul. Em consequência, a comercialização da safra 2022/23 que acaba de ser colhida, está em 48,08%, bem abaixo da média de anos anteriores para a época.

Além disso, armazéns ainda estocam grande quantidade de soja de produtores com esperança do preço voltar a subir. “O mercado está travado. Ainda temos em torno de 7 milhões de toneladas de soja estocada e a previsão é de uma safra de recorde no Estado”, explica o sócio-fundador da Granos Corretora, Carlos Ronaldo Dávalo.

Com mais de 20 anos no mercado, Carlos está à frente de uma corretora de grãos, que é uma empresa responsável por ajudar produtores a comercializar seus produtores no mercado externo. A tarefa não é simples, já que a soja é vendida em e seu preço cotado na bolsa de valores de Chicago (EUA).

Mercado da soja é oferta, demanda e olho vivo em outros países

A soja brasileira é majoritariamente exportada para outros países o que, na prática, significa que é totalmente influenciada pela lei de oferta e de demanda. Quanto mais grãos em boa qualidade disponíveis no mercado, pior o preço e vice-versa.

Foi devido à baixa oferta de grãos em 2020, que o preço chegou ao patamar de R$ 200 a saca de 60 quilos. Passados três anos e com safras boas em vários países, o preço começa a voltar ao patamar de antes da pandemia.

Coordenadora econômica da Aprosoja/MS, Renata Farias explica que a tendência é o preço da saca reduzir de R$ 100, voltando ao patamar de antes da pandemia. “Para que o dano no bolso do produtor seja menor é preciso escalonar a venda, vender um pouco antecipadamente, agora um pouco e depois mais um pouco”.

A esperança dos preços subirem vem da safra norte-americana, que caso sofra alguma quebra, pode beneficiar os produtores brasileiros. “O mercado não vê como perspectiva uma nova alta nos preços”, explica a economista.

A estratégia recomendada por Carlos Dávalo é o produtor esperar até julho e agosto, quando acontece a floração da soja nos Estados Unidos. “Qualquer efeito climático pode afetar a safra deles e isso ser bom para nós”, explica.

Exportações por Porto Murtinho crescem com preços maiores

Aproveitar o porto de e a hidrovia do rio Paraguai tem se tornado uma alternativa rentável para produtores de soja das regiões centro e oeste do Estado. Isso porque, devido à logística mais barata, o preço pago aos produtores dessa região sobe.

Carlos Dávalo, da Granos, comenta que o porto tem se consolidado como uma boa alternativa para enviar soja à Argentina. “Temos em torno de 600 mil toneladas de soja para embarcar por Porto Murtinho esse ano”.

Entre janeiro e abril de 2023, as exportações pelo porto de Porto Murtinho subiram 553% em relação ao mesmo período do ano passado. Por lá passaram 336 mil toneladas em quatro meses do ano, contra 48 mil toneladas no mesmo período do ano passado. Os dados são do Comex Stat.

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