A partir da próxima quarta-feira (24), com o depósito da primeira parcela da antecipação do 13° salário, os servidores públicos do Governo de Mato Grosso do Sul poderão movimentar R$ 300 milhões no comércio, como avalia uma pesquisa da Fecomércio-MS.
Segundo a economista do IPF-MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS), Regiane Dedé de Oliveira, a medida ajuda a dar um fôlego ao setor varejista, já que alguns direcionam o pagamento para o consumo, enquanto outros preferem regularizar dívidas.
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“Esse recurso extra no bolso dos servidores pode ter dois efeitos positivos: de um lado, impulsiona o consumo imediato, especialmente em setores como vestuário, calçados, alimentação e lazer. De outro, ao permitir a quitação de dívidas, libera margem de crédito e dá maior segurança para compras futuras, contribuindo para manter a roda da economia girando”, afirma.
Próximo ao Dia das Crianças
O valor chega ao bolso dos servidores próximo a datas importantes para o comércio, como o Dia das Crianças, em outubro, data que movimenta desde o ramo do vestuário ao alimentício.
“Essas estimativas são animadoras para o empresário do comércio do Estado e são um incentivo para que o setor se prepare para atender às necessidades desse segmento, cada vez mais relevante na economia e com poder de compra”, pontua o presidente do IPF-MS e do Sistema Comércio MS, Edison Araújo.
O pagamento da primeira parcela contempla todos os servidores que receberam em 2025 aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente, auxílio-reclusão ou salário-maternidade.
Comércio tem ‘fôlego’
Para Adelaido Vila, presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Campo Grande, “esta antecipação será uma grande oportunidade de aliviar a pressão financeira”.
“Estamos vivendo um momento econômico que requer muitos cuidados, [já que] 77% da população economicamente ativa de Mato Grosso do Sul está endividada; e 44% destes 77% estão inadimplentes”, avalia Vila.
Além disso, o presidente pontua que o poder de compra também mudou, o que interfere nestes números. “O servidor público nos últimos anos teve uma grande perda de poder de compra. A inflação corroeu os ganhos salariais, levando este importante consumidor para os empréstimos em folha”, afirma Adelaido.
Antecipação divide opiniões
Nas redes sociais, há quem tenha se manifestado a favor da decisão, considerando-a uma oportunidade para quitar dívidas atuais. Já outros servidores discordaram que esta seria a melhor época para o pagamento do 13°, visto que o salário é comumente utilizado para as festas de dezembro ou contas de janeiro.
“Bora aproveitar o décimo adiantado, pessoal, e comprar pagando mais barato do que pagaríamos em dezembro, afinal, em dezembro tudo fica mais caro”, comentou um internauta.
“Eu não gostaria de receber adiantado. Dezembro é um mês de muitos gastos extras, de visitas, e tem IPVA em janeiro”, pontuou outra.
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(Revisão: Bianca Iglesias)