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Economia

Taxas futuras seguem oscilação do dólar e têm leve queda na sessão desta quinta

A sessão foi de ajustes técnicos às vésperas do payroll de agosto
Agência Estado -
dolar
Dólar. (Reprodução, Freepik)

Em um dia sem condutor relevante para os negócios, os juros futuros acompanharam o comportamento do dólar e passaram a operar em leve queda na segunda etapa do pregão desta quinta-feira, revertendo a tendência de alta observada até o início da tarde. Tanto os movimentos de elevação quanto os de baixa, porém, foram modestos, em linha com o desempenho do câmbio local. A sessão foi de ajustes técnicos às vésperas do payroll de agosto, que deve fazer mais preço sobre a curva a termo, segundo operadores.

O principal dado de mercado de trabalho dos Estados Unidos dará sinais mais claros sobre os próximos passos da política monetária na maior economia do mundo, que também afeta a trajetória dos juros no Brasil, principalmente pelo canal do câmbio.

No fechamento, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 recuou de 13,996% no ajuste anterior para 13,980%. O DI para janeiro de 2028 saiu de 13,347% no ajuste para 13,325%. O DI para janeiro de 2029 diminuiu de 13,318% no ajuste antecedente para 13,305%. O DI para janeiro de 2031 marcou 13,63%, vindo de 13,644% no ajuste da véspera.

“Os DIs estavam destoando da Bolsa em alta e o câmbio comportado”, afirma Marcelo Bacelar, gestor de portfólio da Azimut Brasil Wealth Management. Segundo Bacelar, há diversos ruídos no noticiário local, mas o pregão de hoje foi marcado por ajustes técnicos. Na ausência de vetores importantes para as taxas, os DIs andaram praticamente de lado – seja quando estavam em alta, ou em baixa -, à espreita do payroll de agosto, a ser conhecido amanhã, comentou.

“Todo mundo está operando na expectativa do payroll. Se vier um dado ruim, aumentará ainda mais as chances de corte de juros em setembro pelo Fed. Mas se for acima do esperado, ainda assim não deve mudar essa expectativa de cortes este mês”, disse. O diferencial de juros maior entre EUA e Brasil tende a apreciar o real ante o dólar, o que melhora a dinâmica inflacionária e pode esquentar as discussões sobre uma redução antecipada da Selic, aponta o gestor.

Para Eduardo Velho, economista-chefe da Equador Investimentos, os dados da balança comercial de agosto, publicados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), ajudaram a aliviar o câmbio e, consequentemente, os juros futuros. Na visão de Velho, as exportações brasileiras mostraram “excelente desempenho” no mês passado, o que beneficiou a queda do dólar e dos juros futuros na sessão de hoje. Em agosto, as vendas externas do Brasil subiram 3,9% sobre igual mês de 2024.

No campo das tensões entre Brasil e EUA, em meio ao julgamento do Jair Bolsonaro no STF, bancos brasileiros receberam um ofício ontem do Departamento do Tesouro americano, com questionamentos sobre a aplicação das sanções previstas na Lei Magnitsky. O magistrado do STF é alvo da legislação. “O tema merece atenção, pois sanções mais amplas envolvendo multas financeiras poderiam ter impacto relevante sobre o cenário doméstico”, afirma o time de economia e estratégia da Monte Bravo Corretora.

Outro tema acompanhado pelo mercado é a tentativa de deputados de resgatar um projeto de lei de 2021 que daria ao Congresso prerrogativa para destituir diretores do Banco Central. Em evento nesta tarde, ao ser questionado sobre o tema, o ex-presidente do BC Roberto Campos Neto afirmou que, quando a autonomia da instituição é atacada, o canal da política monetária é enfraquecido. Quando o canal dos juros perde relevância, pode ser necessário um aumento maior da Selic, alertou Campos Neto, hoje vice-chairman e chefe global de políticas públicas do Nubank.

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