Treinador Marc Wilmots impôs rotina severa ao time
A seleção da Bélgica, chamada de ‘geração de ouro’ e uma das favoritas para vencer a Eurocopa 2016, decepcionou torcedores e especialistas ao ser eliminada na sexta-feira (1º) diante do País de Gales, com derrota por 3×1. Procurando por um motivo que explique o vexame belga, a imprensa europeia aponta os excessos de austeridade como possível fator direto.
O português Diário de Notícias afirma que o treinador, Marc Wilmots, teria uma ‘relação conflituosa’ com os atletas. O jornal lusitano aponta que Wilmots chegou a discutir com o goleiro Courtois, quando o jogador criticou a tática do técnico e recebeu um “você, não me fale assim”.
A publicação belga Het Laatste Nieuws afirmou que, após a goleada de 4×0 sobre a Hungria, a comissão técnica da Bélgica fez um churrasco comemorativo, no qual beberam tanto que alguns tiveram de ser conduzidos por outros até o quarto. Enquanto isso, os jogadores estavam fechados no hotel obrigados a seguir uma disciplina rígida, classificada pelo jornal como ‘militar’.
Citada pelo Diário de Notícia, a imprensa esportiva belga tem repercutido o comportamento do treinador, que estaria interferindo ‘sem pudores’ na vida pessoal dos atletas, em sistema de vigilância que fez alguns jogadores dizerem que “se sentem na prisão”. Visto como ‘durão’ e autoritário, Wilmots proibiu festas e não aceita que a equipe questione suas escolhas.
Em defesa dos soldados
Como um bom comandante militar, Wilmots protege seu esquadrão firmemente, apesar da dureza na relação com eles. Após as críticas ao time por veículos da imprensa, o ‘general’ saiu na defesa de seus pupilos: “não vamos sacrificar os meninos”, disse, citado pelo site português O Jogo. “Jogamos com uma defesa de 23 anos de média de idade. Fizemos três jogos sem sofrer gols”, prosseguiu o treinador. “As coisas são assim”, concluiu.
